Se você não interferir, a
vida a ajuda a encontrar tudo aquilo que precisa na hora certa.
Sugiro aos pacientes para
que se deixem levar, para que ouçam a voz da própria essência e para que ajam
de consequência na hora de tomar uma atitude, deixando de lado um pouco a
racionalidade: vou explicar.
A racionalidade é útil em
muitas situações, no trabalho, por exemplo, mas nos assuntos afetivos é um
inimigo.
Tentar entender e explicar
racionalmente sobre a própria alma, ajuda em nada, contrariamente a se deixar
levar a observar e perceber seu mundo interior, sem julgamentos.
Sem julgamentos, significa
perceber quando está com raiva, sem se preocupar com as causas e as soluções,
se é bom ou se é ruim. Dessa forma, concentra seu olhar sobre o seu próprio Eu.
Os olhos não são feitos
somente para enxergar, mas para produzir na nossa essência um processo de
mudanças. Não é o raciocínio, mas a percepção, é que nos guia a fazer aquilo
que sabemos. A aranha faz a teia sem ninguém ter ensinado a ela como fazer. E
se alguém a quebra, não começa a discutir, a refaz!
Então a pergunta é essa:
você desenvolve as atividades que lhe permitem ser você mesma?
Tudo aquilo que precisa
fazer é perceber as atitudes e segui-las, porque o que conta na vida, é somente
aquilo que sabe fazer sem ter aprendido como!
As coisas mais importantes
são aquelas que acontecem dentro de você, sem que as tenha programado.
Elimine a palavra “antes”,
elimine a palavra “depois”. Aceite e viva a palavra “agora”.
Essa pessoa que está na
sua frente agora, é a única pessoa que conta, do jeito como ela é: assuma!
Não deve chegar a lugar
algum, não tem meta alguma, nenhum amor a manter em pé, porque se não se mantém
em pé sozinho, não fica em pé, pronto, tão simples, quanto!
Precisa perceber o que
está acontecendo dentro de você mesma. Assim sendo, entre você e o seu mundo
interior, começa a se criar uma aliança. Não precisa fazer nada para ficar
melhor, simplesmente perceber o que tem dentro de você, sem especificar se está
bom ou não.
Não precisa ter pressa,
porque as coisas são feitas de forma que, ‘agora’ , está se realizando a sua
natureza: a única pessoa que ainda não sabe, é você. Desde a primeira célula
fecundada, até agora, você está se transformando independente da sua vontade,
desenvolvendo hábitos, posturas, atitudes que são suas, únicas, peculiares, as
respeite e as assuma!
Assim como a atividade da
aranha é fazer a teia, a sua é fazer e assumir a si mesma. Para facilitar esse
processo, a sua alma a leva naturalmente, se não a impedir, para aquilo que
você precisa: o amor certo para aquele momento, uma atividade que você curta, o
alimento do qual precisa, um amigo confiável. Todo esse processo deve ser
acompanhado por um grande silencio interior, porque o seu corpo foi construído
por uma única célula, fecundada no silêncio total, aliás, na total ausência de
você.
Portanto a sua opinião a
respeito, o seu raciocínio, não importam. Curta e tenha PRAZER !
