Atualmente, mais de 10% da população é diagnosticada com Síndrome do Pânico, a
doença ficou mais popular, mas o “autodiagnóstico” é uma crescente que assusta.
“Volta e meia, eu cruzo com pacientes que chegam ao meu consultório já
com esse rótulo. Hoje em dia, assim que as pessoas entram num consultório
médico e falam de qualquer alteração no humor, são diagnosticadas e, pior
ainda, tratadas como sofrendo dessa desordem. Alguns médicos ainda afirmam que
eles terão de tomar remédios o resto da vida”, salienta Dr. Leonard F. Verea, psiquiatra especialista em Hipnose Dinâmica e
diretor do Instituto Verea.
Precisamos ficar atentos, especialmente
na hora do diagnóstico, afinal alguns elementos externos como um adolescente,
lidando com dificuldades emocionais características dessa idade, sofrer
variações de seu humor, ou uma pessoa que acaba de perder algo ou alguém
importante em sua vida e fica triste corre o risco de receber esse diagnóstico
inadequadamente. Isso não é uma desordem bipolar.
Nós sabemos que o humor do cidadão
saudável varia constantemente em resposta a estímulos internos e externos. Isso
não poderia deixar de acontecer. O ser humano não é uma máquina, um computador
desprovido de afeto. Ao contrário, somos frágeis e imaginem quantas coisas no
dia a dia podem afetar o nosso bem-estar? São milhares. Entre uma oscilação
inevitável do humor, que é parte da condição humana, e o quadro clínico da
Desordem Bipolar existe uma gama de severidade que vai desde o que poderia ser
considerado normal até o mais patológico. A pergunta clínica então é sempre a
mesma: quando uma oscilação do humor se torna uma desordem que deve ser tratada
pelo psiquiatra?
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