Presente
no organismo como mecanismo de defesa frente às emergências, quando supera o
nível máximo, pode transformar-se em um fator de risco para doenças graves
Um
contínuo correr atrás. Tensões, medos, competitividade, compromissos
excessivos, complicações de todo tipo: a vida moderna é cheia de estímulos que
geram stress. São suficientes as pequenas dificuldades de todos os dias – ficar
ligado aos muitos vencimentos, dirigir no transito e na hora do rush, discutir
com os parceiros, com o cônjuge, e frequentemente se acrescentam mais coisas –
para por o organismo na situação de ter que reagir como se enfrentasse uma
ameaça de tipo físico.
É um
mecanismo que a natureza nos forneceu como instrumento para lidar com os
agressores, ou para fugir deles: nestas condições se tornam disponíveis
energias que nos momentos de normalidade ficam latentes nos bastidores, e as
insídias – um tempo aquelas dos predadores, hoje outras que geralmente são
menos materiais – podem ser mais afastadas.
É
também graças a isto que a espécie humana conseguiu sobreviver, que cada um de
nos descobriu, em momentos de dificuldade, energias que nuca imaginava possuir.
Se este mecanismo, porem, ficar ativado por muito tempo ou até de forma
constante, como acontece as vezes com os ritmos frenéticos da vida de hoje, se
corre o risco que o organismo, ao invés de ser protegido, se torne mais
vulnerável e exposto a doenças graves.
As
múltiplas respostas do organismo ao stress. As modificações que se
criam no organismo quando uma pessoa é submetida ao stress tem origem na hipófise,
uma glândula localizada na base do cérebro: responde a percepção de uma
ameaça liberando um hormônio, o ACTH (Hormônio Adenocorticotrófico) cuja função é
“ordenar” a outras glândulas – as suprarrenais – de produzir seus hormônios.
É praticamente a ativação de um sistema de alarme: as
glândulas suprarrenais, avisadas pelo ACTH, liberam no sangue hormônios –
entre os quais cortisona e adrenalina – que aumentam a
concentração, melhoram os tempos de reação, aumentam a força e a agilidade.
Quando a situação estressora foi resolvida, os níveis de cortisona e de
adrenalina no sangue voltam a normalidade: a freqüência dos batimentos cardíacos
e a pressão sanguínea, que tinham aumentado, diminuem, a digestão e o
metabolismo readquirem o ritmo normal.
Mas se as situações de stress se acumulam uma sobre as
outras, o organismo não tem a possibilidade de se recuperar e a ativação a
longo prazo do sistema de resposta ao stress pode produzir limitações em muitos
processos orgânicos, aumentando o risco de obesidade, insônia, desordens
digestivas, patologias cardíacas, depressão, etc.
Aparelho digestivo. Quando se está estressado é mais fácil que se tenha dor
de estomago, diarréia, enquanto os hormônios produzidos nestas condições
reduzem a secreção de sucos gástricos e o esvaziamento do estomago. Os mesmos
hormônios estimulam também os movimentos do colón, acelerando a passagem do
conteúdo intestinal.
O stress crônico, alem disso, pode manter altos os níveis
de cortisona, que pode gerar apetite e portanto ajudar a aumentar o peso
corpóreo.
Sistema Imunológico. O stress cônico prejudica a funcionalidade do sistema
imunológico, tornando o organismo mais exposto as doenças infecciosas. O
sistema imunológico responde as infecções liberando substancias que provocam
inflamações; em resposta, as glândulas suprarrenais produzem cortisona, que
“apaga” a resposta inflamatória quando desaparece o episodio infeccioso.
Uma situação de stress prolongado , todavia, mantém
elevados os níveis de cortisona e elimina assim a atividade do sistema
imunológico.
As vezes o stress pode provocar uma hiper-atividade do
sistema imunológico que faz aumentar o risco de nascer ou a re-agutização de
doenças auto-imunes, aquelas em que o organismo ataca as suas próprias células.
Sistema Nervoso. Se a resposta aos estímulos não se interrompe nunca, os
hormônios do stress produzem uma sensação continua de ansiedade, de
incapacidade e de catástrofe iminente. A hiper-sensibilidade ao stress se
coliga com estados depressivos severos: as pessoas deprimidas tem um tempo
maior de adaptação aos efeitos negativos da cortisona, ação sedativa, que
contribui a aumentar a sensação de depressão. Uma excessiva quantidade de
cortisona pode produzir também distúrbios do sono e diminuição da atividade
sexual , entre outros.
Sistema Cardio-vascular. Altos níveis de cortisona podem também contribuir a
aumentar a freqüência cardíaca e a pressão sanguínea, alem dos níveis de
colesterol e triglicérides, todos fatores de risco para o enfarte e o acidente
vascular cerebral. A cortisona favorece também o acumulo da gordura abdominal,
e também por este motivo é em condições de aumentar o risco da incidência de
doenças cardíacas e do diabetes.
O stress piora muitas doenças dermatológicas, como a
psoriase, os eczemas, a urticária, a acne.
É também um dos fatores desencadeantes dos ataques de
asma.
O que fazer para melhorar. Fica evidente que quando o stress ultrapassa certos
limites se faz necessário intervir, pare interromper um circulo vicioso do qual
podem derivar sérios danos a saúde.
As atitudes possíveis são varias: em primeiro lugar uma
mudança dos ritmos da vida diária, a introdução de alguma atividade relaxante e
divertida, exercícios físicos e tudo aquilo que possa contribuir a fazer com
que se consiga soltar a ansiedade, a combater a insônia, a reciclar a memória,
a re-encontrar a concentração para não levar o individuo a viver situações
patológicas.
A seguir algumas dicas do que se pode fazer de forma
simples e eficaz:
·
Fazer
algumas respirações profundas: isto ajuda a encontrar um melhor ritmo
respiratório e a relaxar a musculatura.
·
Fazer
atividade física, por exemplo uma caminhada de 30 minutos por dia.
·
Pensar de
forma positiva: dar mais atenção as coisas que estão dando certo na vida.
·
Contar até
dez em qualquer situação que gere tensão: isso vai ajudar a relaxar antes de
agir.
·
Massagear
os músculos que estiver sentindo tencionadas.
·
Tomar um
banho quente ou um banho de chuveiro para relaxar.
·
Ouvir uma
boa musica.
·
Falar com
os outros do que está preocupando: isto ajuda a por em ordem as idéias e a
refletir melhor sobre o que está acontecendo.
·
Procurar
ajuda de um profissional competente com uma abordagem com a qual possa se
identificar.
SERVIÇO:
Dr. Leonard F. Verea – médico psiquiatra formado pela Faculdade
de Medicina e Cirurgia de Milão, Itália. Especializado em Medicina
Psicossomática e Hipnose Dinâmica. Especialista em Medicina do Trabalho e
Medicina do Tráfego. É membro de entidades nacionais e internacionais. Atua
como diretor do Instituto Verea e da Unicap.
11 5051 2055
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