Você vê alguém e do nada um calor aquece seu corpo, paixão? desejo?.
Você está ansioso. Uma angústia profunda o faz sentir-se como quem
perdera um membro familiar. Tudo, menos feliz é o estado em que se
encontra. É recomendado tomar um ansiolítico pelo seu médico e pronto:
você, feito mágica, volta a sorrir, suas emoções se estabilizam e a
vontade de viver se torna intensa. E o que ingeriu? Substâncias químicas!
Outro está deprimido. Pior: a tristeza, a autocomiseração, a
incapacidade momentânea de não achar graça em nada, podem destruir essa
pessoa. Sair, ver amigos, praticar esportes, não surtem efeitos. Nem
vontade para essas coisas ela têm. É indicado adequadamente o uso de
antidepressivos e em pouco tempo a vida dela muda radicalmente. Os
sentimentos negativos cessam em intensidade e a estrutura emocional se
restaura. O humor e a alegria de viver voltam a fazer parte de seu dia a
dia. E o que ela ingeriu? Substâncias químicas!
Esses
exemplos, em meio a tantos, ilustram de maneira simplificada o poder
curativo de certas substâncias. Elas atuam em nível celular, nos
neurônios, influindo no comportamento visível demonstrado pelas pessoas
através de seus sentimentos e emoções.
Um grupo de engenheiros
biomédicos da Universidade Aalto pesquisou 700 voluntários da
Finlândia, Suécia e Taiwan, a fim de mapear as sensações corporais
humanas ligadas a certas emoções.
Os participantes foram
expostos a uma série de vídeos emotivos, fotos e histórias para
desencadear certas emoções específicas. Eles foram convidados a mapear
partes de sua silhueta gerada por computador onde sentiram qualquer
aumento ou diminuição da atividade.
Os resultados mostram que a felicidade e a depressão, são como esperado os estados emocionais mais contrastantes.
Fonte:http://www.gollumnerd.com/
Os neurônios são células cerebrais constituintes do sistema nervoso.
Para um impulso nervoso se deslocar de um neurônio a outro - a sinapse -
faz-se necessário a presença entre eles de substâncias chamadas
neurotransmissoras. Nesse processo podem ocorrer reflexos para
determinadas regiões de nosso corpo, onde temos a sensação de que o que
sentimos é produzido no próprio local. Um aperto em nosso peito devido a
uma paixão levava os antigos a acharem que a sede de nossos sentimentos
amorosos era no coração...
A depressão caracteriza-se por uma baixa
atividade neurônica devido à falta de substâncias desse tipo, como, por
exemplo, a serotonina. O ansiolítico atua aumentando o efeito de
neurotransmissores inibitórios da resposta nervosa, como o ácido
gama-aminobutírico - GABA. A ansiedade, então, grosso modo, é um estado
emocional no qual os neurônios têm suas atividades exageradas.
Tudo isso é bem conhecido entre os médicos e pouco pelo público. Poucas
são as reportagens, livros ou informações, relacionando toda essa
química aos nossos sentimentos. Os cientistas, já há décadas, vêm
descobrindo e utilizando para o nosso bem, na forma de medicamentos, as
interligações entre neurotransmissores, condução nervosa, sentimentos e
emoções. Estes dois últimos seriam produzidos no cérebro devido a
estímulos internos ou externos, visando a perpetuação da espécie segundo
a Teoria da Evolução de Darwin. Não formaríamos famílias, sociedades,
etc., se não fosse a imensa variedade de sentimentos a que nos
pertencem, formando poderosos vínculos entre nós e nossos semelhantes.
Como apenas um exemplo, o amor e o afeto, e consequentemente a dedicação
dos pais com os filhos, mostra de maneira clara esse elo de ligação
entre eles.
Nós nascemos completamente indefesos contra as
adversidades do mundo exterior. Não só os humanos, mas os outros
mamíferos e as aves são evoluídos suficientemente para cuidarem, por
meses ou anos, de seus filhotes até atingirem a maturidade necessária
para enfrentarem o mundo que os rodeia. A agressividade e até o medo, em
forma de defesa, são importantes nessa luta pela sobrevivência e também
fazem parte da rede intrincada de reações químicas no cérebro desses
seres vivos que são os mais complexos do planeta.
Os peixes, os
répteis, os anfíbios e os animais inferiores já nascem em condições
favoráveis de luta para sobreviverem, não possuindo, ou pelo menos sendo
pouco desenvolvida, uma região cerebral denominada sistema límbico. É
esse sistema o principal responsável pelas nossas emoções e sentimentos.
Já se conseguiu, através de estimulação natural do sistema límbico, que
pessoas chegassem a sentimentalismos exagerados, achando elas
inexplicável esse tipo de comportamento. Em animais agressivos, a
simples remoção de uma porção límbica chamada amígdala, fez com que eles
se tornassem dóceis e calmos. Em situação oposta, a estimulação do
funcionamento da amígdala levou um animal doméstico a estados de terror,
agitação intensa e anormal, sem quaisquer motivos reais.
Os
objetos de estudo das ciências são aqueles fenômenos percebidos pelos
nossos sentidos, algumas vezes utilizando-se equipamentos específicos de
laboratório, e que podemos depois entendê-los de maneira objetiva e
racional. Fenômenos considerados como manifestações de nossa alma vem
sendo sistematicamente estudados como poderosas interações químicas,
capazes de levarem as pessoas desde a simples estados momentâneos de
alegria ou tristeza, até a paixões avassaladoras e o amor.
Nosso cérebro é composto de um número de combinações sinápticas que
ultrapassa o número de átomos do universo conhecido. O número de estados
mentais, então, é muito grande, mas é evidente que não somos afetados
por todos eles. Mesmo assim o restante é considerável a ponto do cérebro
entrar em estados riquíssimos em complexidade e singularidade,
tornando-o fonte daquelas situações ora negativas, ora positivas, às
quais chamamos de emoções e sentimentos.
Para muitos isto soa
como puro materialismo, entretanto, os filósofos cristãos e teólogos,
entre outros, e em épocas nada adiantadas em Tecnologia, Medicina,
Química, e ciências afins, atribuíram a causas sobrenaturais o que essas
disciplinas estão descobrindo agora em termos de química cerebral. E os
resultados dessas atribuições foram passadas de geração a geração até
nós como fatos incontestáveis e intocáveis.
Se algumas
substâncias químicas alteram profundamente os nossos sentimentos, então
tudo aquilo que é sobrenatural, principalmente os nossos conceitos de
alma e espírito, deverá sofrer com o tempo algumas modificações com
respeito às suas influências sobre a nossa mente e nosso corpo. O futuro
da Ciência será em descobrir até que ponto eles são afetados por tudo
que não é sobrenatural. Se é que o sobrenatural existe...
Uma
nova revolução filosófica-religiosa está prestes a acontecer. Não antes
da Ciência ter certeza por onde começar, pois, lidar com conceitos tão
arraigados em nossa civilização é tarefa, no mínimo, para ser realizada
com muita responsabilidade.
Dopamina: A dopamina influencia a
atividade motora que envolve o movimento, a seleção consciente e o humor
em termos de inspiração, intuição de possibilidade, alegria e
entusiasmo. Baixos níveis de dopamina resultam nos efeitos opostos, tais
como falta de controle motor, falta de jeito, incapacidade de
concentrar a atenção e tédio. A massagem aumenta o nível de dopamina
disponível no corpo.
Serotonina: A Serotonina permite que uma
pessoa mantenha um comportamento adequado ao contexto; isto é, fazer a
coisa apropriada no momento apropriado. Ela regula o humor em termos de
emoções convenientes, atenção a pensamentos e efeitos calmantes,
tranquilizantes e confortantes; também reduz a irritabilidade e regula
estados de ímpeto, de modo que podemos reprimir a ânsia de falar, tocar e
ser envolvidos em lutas pelo poder. Por exemplo, quando alguém lhe diz
para "se controlar" está dizendo que você poderia usar uma boa dose de
serotonina. A serotonina também envolve a saciedade; níveis adequados
reduzem a sensação de fome e ânsia, como a de comida e sexo. Também
modula o ciclo de sono/vigília. Um baixo nível de serotonina tem
implicação na depressão, distúrbios alimentares, problemas de dor e
desordens obsessivo-compulsivas. A massagem aumenta o nível disponível
de serotonina.
Epinefrina /adrenalina e Norepinefrina/
noradrenalina: Esses termos são usados de maneira intercambiável em
textos científicos. A epinefrina ativa mecanismos de excitação no corpo,
ao passo que a norepinefrina funciona mais no cérebro. Elas são as
substâncias químicas da ativação, excitação, do alerta e do alarme, na
resposta de luta ou fuga e em todos os comportamentos e funções de
excitação simpática. Se os níveis dessas substâncias químicas estão
altos demais, ou se elas são liberadas num momento imprópio, a pessoa
acha que alguma coisa muito importante está exigindo sua atenção ou
reage com os impulsos básicos de sobrevivência de luta ou fuga. A pessoa
pode ter um padrão de sono pertubado, em particular uma falta de sono,
que é o sono restaurador. Com baixos níveis de epinefrina e
norepinefrina, o indivíduo fica moroso, sonolento, fatigado e
subestimulado.
A massagem tem efeito regulador sobre a epinefrina e a
norepinefrina por meio da estimulação ou inibição do sistema nervoso
simpático ou da estimulaçao ou da inibição do sistema nervoso
parassimpático. Essa função da massagem de equilíbrio generalizado
parece recalibrar os níveis apropriados de adrenalina e noradrenalina.
Dependendo da resposta do SNA, a massagem tanto pode despertar uma
pessoa com facilidade e aliviar a fadiga, como consegue acalmar uma
outra que está furiosa e andando de uma lado para outro.
Encefalinas / endorfinas: São levantadores de ânimo que dão suporte à
saciedade e modulam a dor. A massagem aumenta os níveis disponíveis de
encefalinas e endorfinas.
Ocitocina: É um hormônio que pode ser
associado à relação de par ou casal, na ligação dos pais, nos
sentimentos de atração e de tomar conta, junto com suas funções mais
clínicas durante a gravidez e a lactação. A massagem tende a aumentar o
nível disponível de ocitocina, o que poderia explicar o sentimento
conectado e de intimidade da massagem.
Cortisol: Hormônio de
estresse, produzido pelas glândulas supre-renais durante estresse
prolongado. Níveis elevados desse hormônio indicam aumento de estimulção
simpática. O cortisol tem sido relacionado a muitos sintomas e doenças
associadas ao estresse, inclusive estados de imunidade suprimida,
pertubações do sono. A massagem reduz os níveis de cortisol.
Hormônio do crescimento: Promove a divisão celular e, em adultos, tem
sido implicado nas funções de regenereção e reparação de tecido. Esse
hormônio é necessário para curar e é mais ativo durante o sono. A
massagem dinamiza, de maneira indireta, a disponibilidade do hormônio do
crescimento, encorajando o sono e reduzindo o nível de cortisol.
Uma pessoa solitária e deprimida se sente mais animada depois da
massagem (aumento de serotonina e ocitocina; diminuição de cortisol)
Uma criança com deficiência de atenção e distúrbios de hiperatividade
pode fazer seu dever de casa depois de quinze minutos de massagem
(aumento de dopamina e noradrenalina)
Alguém que sofre de dor crônica funciona melhor depois de uma massagem ( aumento de endorfina, serotonina e ocitocina).
Um fumante que esteja tentando parar de fumar pode evitar a ânsia por
um cigarro após uma sessão de massagem (aumento de noradrenalina,
serotonina e endorfina)
Uma pessoa que foi submetida a cirurgia tem
cura mais rápida com massagem ( diminuição de cortisol e adrenalina;
aumento de sono restaurador através da redução da dor; aumento de
endorfina e serotonina, resultando em maior disponibilidade de hormônio
do crescimento).
Nenhum comentário:
Postar um comentário