Para quem passa as noites sem
conseguir dormir, o relógio é cruel. Na arrastada luta contra a insônia,
remédios calmantes surgem como armas rápidas e infalíveis para vencer o
problema. Dados da Anvisa, mostram que os benzodiazepínicos, como são chamados
tecnicamente, estão no topo da lista de remédios controlados mais vendidos no
Brasil. E a comercialização cresce a cada ano, embora os efeitos colaterais e o
risco de dependência sejam amplamente conhecidos. O consumo indiscriminado de
indutores de sono, representa sérios riscos para a saúde, apesar do perigo, os
remédios de efeito calmante são os mais vendidos por alguns laboratórios. Essas
substâncias induzem um sono artificial e são indicados em casos clínicos
específicos, por períodos determinados. Pacientes que fazem uso crônico
geralmente desenvolvem tolerância e necessitam de doses cada vez maiores.
Usados no tratamento de transtornos de ansiedade e epilepsia, essas medicações
acabam agindo contra a insônia por terem influência sobre o sistema nervoso
central, promovendo estado artificial de relaxamento. Essas drogas também
produzem efeito sobre o centro de recompensa cerebral, desencadeando a
liberação de substâncias que dão sensação de prazer. O mecanismo caracteriza um
potencial gerador de dependência, que se torna maior com o uso crônico. A
mudança de hábitos de vida é o que realmente vai fazer diferença (contra a
insônia), mas requer esforço, disciplina e paciência. Os efeitos colaterais são
o aumento do risco de quedas e acidentes, sedação excessiva e comprometimento da
memória e das funções cognitivas. Boca seca e enjoos são outras prováveis
consequências adversas. Pacientes que desenvolvem dependência são tratados com
a descontinuação gradual do uso do remédio.
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