Para algumas
pessoas, o período de festas que se aproxima com o final do ano pode ser algo
que os deixa em uma situação complicada. Da mesma forma que pode trazer alegria
e bons sentimentos, essa época pode, a reboque, trazer uma série de situações
que contribuem para uma maior ansiedade e sensação de exaustão.
Nesta época, a
maioria das pessoas faz um balanço do ano que passou e começa a planejar,
mentalmente, como será o próximo ano. Isso sem contar os preparativos para uma
data de viagens, encontros sociais, compromissos familiares ou com os amigos e
a maratona de compras de presentes, tudo nas últimas semanas de um mês no qual
os compromissos profissionais ainda estão acontecendo.
A somatória de
situações que culminam no final do ano pode trazer algum desconforto para as
pessoas de uma forma em geral, mas especialmente para os indivíduos
naturalmente ansiosos. A rotina alterada radicalmente pode trazer desconforto,
e a falta de um planejamento prévio transforma situações simples em desafios
para o controle da ansiedade. Ou então, acontece dessas pessoas planejarem em
excesso, começando os preparativos muito tempo antes e vivenciando o estresse
adiantado.
Entre as
situações que podem contribuir para essa ansiedade, pode estar um balanço
negativo do ano que se passou a sensação de não ter alcançado metas
profissionais, não ter um companheiro ou não ter cumprido alguma promessa
importante feita a si mesma.
Questões
relativas à família também são outra fonte de ansiedade. Seja pelo fato de se
estar longe dos entes queridos, por questões diversas, ou então pelo contrário,
o de não querer estar perto de um núcleo familiar que é obrigado a se encontrar
por convenções sociais. Famílias desagregadas, por exemplo, e que acabam se
encontrando na época de festas, trazem à tona vários sentimentos que foram
deixados de lado durante o ano. As pessoas, então, têm de lidar com a
frustração de não ter a família unida, ou de terem de passar as datas festivas
com amigos.
De um jeito ou
de outro, o enfrentamento dos sentimentos é inevitável. Natal e Ano Novo não
são exatamente datas facultativas. É difícil fugir desses períodos. É preciso
estar atento aos fatores de ansiedade e procurar contornar as situações que
podem trazer algum estresse, respeitando a si mesmo em primeiro lugar. Outra
coisa é planejamento, mas com parcimônia, sem perfeccionismos. É possível
programar as compras de Natal algum tempo antes.
Mas não deixar
de pensar em outras coisas. Fazer uma lista com prioridades do que tem de ser
feito, raciocinar realisticamente e admitir que algumas coisas podem não ser
feitas ou certos planos podem dar errado. As pessoas muito ansiosas têm
dificuldades de se concentrar no tempo presente, estão sempre preocupadas com o
futuro iminente. Acabam por não estar por inteiro em nenhuma situação. É
preciso se conscientizar disso e relaxar, aproveitar o momento.
No caso das
promessas de ano novo, a frustração também pode ser controlada. Primeiramente,
não seja tão radical ou negativa no balanço do ano que se passou. Em segundo
lugar, não estipule metas rígidas para o próximo ano. É preciso ter metas
factíveis. E não é necessário que todas elas fiquem concentradas no primeiro
mês do ano. As pessoas podem estabelecer metas em curto, médio e longo prazo.
Isso por si só dá uma dimensão temporal às promessas de ano novo. Listar as
promessas para o ano que se inicia e detalhá-las. Ao detalhar, é possível ter
em mente os recursos necessários para cumprir essas metas. É economicamente
viável? Depende só da pessoa ou envolve outros?
Tudo isso pode
ser detalhado e alivia as tensões posteriores. Para os muito ansiosos, algo que
não pode faltar, mesmo nessas datas, é uma rotina. Exercícios físicos, padrão
de sono e alguns minutos para fazer algo que dê prazer a si mesmo, como
conversar com alguém ou ler um capítulo de um livro, precisam continuar
presentes na agenda de final de ano.
Outra dica
importantíssima que pode aliviar as tensões e trazer um maior bem-estar para
indivíduos que lidam com a ansiedade é fazer uso da palavra, que abre as portas
da felicidade pessoal, muitas vezes: o “não”. Saber dizer não, especialmente
nessas datas, é a melhor dica.
Os ansiosos
tendem a acumular funções e atividades. O ‘não’ é um limite entre a felicidade
e o excesso. É preciso assumir o que se pode fazer e deixar a perfeição de
lado. A perfeição no Natal e no Ano Novo, afinal, está nos sentimentos e nos
pequenos prazeres e felicidades que essas datas podem proporcionar, minuto a
minuto, e não em reproduzir um cenário de comercial de TV. Portanto, relaxe.
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