Ter medo não é sinal de fraqueza, o sentimento é normal e até necessário à
nossa sobrevivência. Ele só precisa ser investigado se começa a atrapalhar as
tarefas do dia a dia, interferindo na qualidade de vida.
Desde o tempo das cavernas, o medo já salvou o ser humano de muitos perigos:
foi esse sentimento que levou os nossos ancestrais a botarem sebo nas canelas
para fugir dos imensos tigres-dentes-de-sabre, por exemplo. E, se não fosse o
medo, talvez não estivéssemos mais aqui para contar essa história… No entanto,
medo em excesso pode ser sinal de fobia. O medo é uma reação emocional a um
perigo real externo, enquanto a fobia é um medo irracional, geralmente
acompanhado de muita ansiedade, em relação a algo que não apresenta riscos imediatos.
Enquanto o medo nos faz mais prudentes, a fobia nos paralisa, nos impede de
enfrentar situações que são necessárias ao nosso crescimento.
As fobias mais comuns
Existem inúmeras fobias, mas todas elas são geralmente divididas em três
categorias:
• Agorafobia: inclui o medo de espaços abertos, de multidões ou de ficar
preso num local ou numa situação em que a fuga seria muito difícil ou
embaraçosa. Pode estar associado ao transtorno do pânico.
• Fobia social: envolve vários tipos de medos, como o de se expor em público
diante de outras pessoas ou de interagir em eventos sociais.
• Fobia simples: inclui medos mais específicos, como de altura, aviões,
animais, doenças etc.
Tão diversas quanto os tipos de fobia podem ser as causas delas. As fobias
estão relacionadas com a maneira como cada pessoa processa suas vivências e
traumas. O importante é que, uma vez diagnosticada, a fobia seja tratada
adequadamente. Do contrário, ela pode prejudicar muito a vida pessoal e
profissional.
O medo é
uma emoção saudável no ser humano. Normalmente, nos protege contra ameaças
reais à vida. Todas às vezes, que nos deparamos com circunstâncias inesperadas,
que representam perigo, surgem os sintomas desse quadro. Mas o que devemos
fazer quando tudo, qualquer situação cotidiana, nos causa essa insegurança e
nos paralisa?
"Um
dos efeitos do medo é perturbar os sentidos e fazer com que as coisas não
pareçam o que são." Miguel de Cervantes – Dom Quixote, século XVII.
Quando o Medo se Torna uma Doença
O medo
patológico limita de alguma forma a vida das pessoas. O problema é mais comum
do que se possa imaginar e vêm sendo registrado com frequência cada vez maior
em consultórios psiquiátricos e clínicas psicológicas. O medo patológico se
diferencia do normal por vários motivos:
• não tem
razão objetiva;
• não tem base na realidade concreta;
• o próprio paciente sabe ser absurdo o que sente;
• provoca uma aflição (ansiedade) desmedida e
• é acompanhado de sintomas físicos (falta de ar, sudorese, etc.)
• não tem base na realidade concreta;
• o próprio paciente sabe ser absurdo o que sente;
• provoca uma aflição (ansiedade) desmedida e
• é acompanhado de sintomas físicos (falta de ar, sudorese, etc.)
O exagero
é um quadro clínico de fobia ou de pânico e, normalmente, está relacionado à
ansiedade patológica, angústia e, principalmente, depressão. O indivíduo com
síndrome de pânico sofre tremedeiras pelo corpo; é tomado pela tontura súbita,
a pressão arterial dispara e coração bate descompassado. Os sintomas são
parecidos com os de um infarto e, nesse instante, a morte ou a loucura
iminentes parecem certas. Depois da primeira crise, o paciente costuma
submeter-se a uma batelada de exames clínicos; o médico verifica que não há
nada de errado e, mesmo assim, as crises continuam. Um dos piores aspectos do
pânico é o "medo de ter medo".
Tratamentos combinados
Quando tratada, a fobia tem controle. Assim, ninguém
precisa ficar sofrendo anos a fio por causa desse transtorno. Há, atualmente,
diversos recursos terapêuticos que, podem, inclusive, ser combinados. Um deles
é o tratamento medicamentoso, que geralmente é feito com antidepressivos e
ansiolíticos, sempre supervisão médica. A boa notícia para quem sofre desses “males da vida
moderna” é que, ao contrário de antigamente, já existe um grande leque de
tratamentos para essas doenças. Os remédios - antidepressivos e ansiolíticos -
são uma opção. Entretanto, para quem não quer se submeter às dosagens
medicamentosas, uma excelente alternativa de cura é o tratamento através da
medicina psicossomática e hipnose dinâmica.
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