Relacionamentos na
infância, com pais ou cuidadores, são fundamentais no desenvolvimento da
autoimagem
Há algumas pessoas que parecem estar permanentemente andando na corda
bamba, tal a insegurança que permeia seus passos no dia a dia. O ruim é que,
muitas vezes, tal sentimento não só gera um desconforto diário como atrasa,
inviabiliza ou impede muitas realizações. Então, se você já se sentiu assim,
‘prejudicado’ por sua falta de confiança, está na hora de pensar sobre o
assunto para mudar. E adivinha por onde começar? Sim, pelo início de tudo, os
primeiros anos de vida.
A capacidade do indivíduo de acreditar ou não em si mesmo depende de sua história. Os relacionamentos na infância com os pais ou cuidadores são fundamentais no desenvolvimento do self – o eu, a autoimagem.
Pergunta básica: eu gosto de mim?
A construção de uma autoimagem positiva depende, então, da maneira como experimentamos nossas relações afetivas e, também, de fatores sociais e relacionais que o meio externo propicia para a qualidade dessas vivências. A maior ou menor insegurança tem a ver com o autoconceito: o que a pessoa acha que é, seja consciente ou inconscientemente. Isso envolve características físicas e psicológicas, pontos positivos e negativos, autoestima. Em resumo, a percepção de seu próprio valor.
A insegurança traz, a reboque, uma série de situações e sentimentos
negativos. O sujeito, por exemplo, paralisa quando tem que tomar uma decisão,
encontra dificuldade de saber qual o melhor caminho a seguir, acredita que está
sempre sendo julgado e criticado. Enfim, não há confiança em si mesmo e, a
partir daí, surgem vários ‘medos’: alguns específicos, como o de dirigir, e
outros gerais, como o de enfrentar opiniões contrárias a sua.
Autossabotagem
É possível, também, que a insegurança leve o indivíduo a não se considerar merecedor de ser feliz ou alcançar seus objetivos e sonhos. Ele acaba desenvolvendo crenças e valores que limitam seu olhar sobre si mesmo e a vida. Daí para se autossabotar, ou seja, criar situações que bloqueiam sua felicidade, é um pulo. Além da influência dos primeiros anos de vida – conceitos que lhe foram transmitidos verbalmente ou por atitudes –, o quadro é agravado pelas condições da sociedade moderna. Há muita competição e exigência de que cada um seja perfeito em todas as áreas da vida. Como se isso fosse possível, e fazendo com que sejamos cobrados além de nossa capacidade.
A falta de autoconfiança é, no mínimo, limitante. O inseguro perde a oportunidade de conhecer e experimentar o novo – seja uma pessoa, um lugar, um desafio. Por não valorizar seu potencial e não identificar suas habilidades, ele se fecha em si mesmo. Nessa, deixa passar possíveis parceiros interessantes, não enxerga uma boa chance de emprego, não se lança em estudos e viagens, não investe em projetos pessoais e profissionais – e assim por diante. Tudo isso faz com que a pessoa se sinta infeliz, não fazendo o que gosta e não buscando prazeres.
É possível, também, que a insegurança leve o indivíduo a não se considerar merecedor de ser feliz ou alcançar seus objetivos e sonhos. Ele acaba desenvolvendo crenças e valores que limitam seu olhar sobre si mesmo e a vida. Daí para se autossabotar, ou seja, criar situações que bloqueiam sua felicidade, é um pulo. Além da influência dos primeiros anos de vida – conceitos que lhe foram transmitidos verbalmente ou por atitudes –, o quadro é agravado pelas condições da sociedade moderna. Há muita competição e exigência de que cada um seja perfeito em todas as áreas da vida. Como se isso fosse possível, e fazendo com que sejamos cobrados além de nossa capacidade.
A falta de autoconfiança é, no mínimo, limitante. O inseguro perde a oportunidade de conhecer e experimentar o novo – seja uma pessoa, um lugar, um desafio. Por não valorizar seu potencial e não identificar suas habilidades, ele se fecha em si mesmo. Nessa, deixa passar possíveis parceiros interessantes, não enxerga uma boa chance de emprego, não se lança em estudos e viagens, não investe em projetos pessoais e profissionais – e assim por diante. Tudo isso faz com que a pessoa se sinta infeliz, não fazendo o que gosta e não buscando prazeres.
Aprovação alheia
Há outro aspecto que ronda a
insegurança: a dependência excessiva de pessoas e situações. A opinião alheia
influencia e direciona as ações. Existe uma real dificuldade de construir a
vida com independência afetiva e até financeira. Dessa forma, fica travado o
crescimento psicológico e social. E tem outro lado: como não confia em si
mesmo, alguns inseguros também não acreditam no outro. E, aí, se tornam
perfeccionistas ou controladores, pois esta é a única forma de se sentirem mais
seguros.
A boa notícia é que tal sentimento é passível de modificação. Uma criança insegura pode se tornar um adulto seguro. O caminho é se valorizar mais, acreditar no seu potencial, ir atrás do autoconhecimento. Como o desenvolvimento psicológico e social é contínuo durante a vida, dá para melhorar o autoconceito e a autoestima. As relações experimentadas são como o oxigênio ou o ar que respiramos: se ele for bom e puro, construiremos nosso self positivo; se for poluído, trará distorções e prejuízos.
A boa notícia é que tal sentimento é passível de modificação. Uma criança insegura pode se tornar um adulto seguro. O caminho é se valorizar mais, acreditar no seu potencial, ir atrás do autoconhecimento. Como o desenvolvimento psicológico e social é contínuo durante a vida, dá para melhorar o autoconceito e a autoestima. As relações experimentadas são como o oxigênio ou o ar que respiramos: se ele for bom e puro, construiremos nosso self positivo; se for poluído, trará distorções e prejuízos.
Veja, a seguir, dicas de ambos os
terapeutas para ter mais segurança:
Cultive
o pensamento positivo. Avalie os bons aspectos da sua vida, valorizando-os. Ao
mesmo tempo, considere o que você poderia aprimorar ou modificar para se
fortalecer em todos os sentidos.
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Confie
em si mesmo. Isso, claro, requer autorreflexão e autoconhecimento. Caso
esteja se sentindo vacilante em seus relacionamentos e sua carreira, busque
auxílio de um psicoterapeuta.
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Corra
atrás do autoconhecimento. Observe quais sentimentos e pensamentos o levam à
insegurança. E, ao descobrir, tente se lembrar quando foi a primeira vez que
se viu assim. Talvez você perceba que é possível olhar para o fato de forma
diferente.
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Não
tenha medo de mudanças. E vá além: analise se alguma área está precisando de
uma virada radical. Em caso positivo, liste ações que ajudarão a melhorar seu
desempenho.
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Faça
uma lista de suas qualidades e seus pontos fortes. Trata-se de um ótimo
exercício para encher o copo da autoestima. Pense no que o faz ser único e
especial, escreva e, se possível, fixe em um lugar visível para conferir
sempre. Identifique suas habilidades e as coloque em prática.
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Converse
com pessoas que são importantes para você. Peça um feedback de seus pontos
fortes. Só depois solicite que falem dos aspectos que precisaria desenvolver.
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Invista
em relações afetivas positivas – amorosas ou de amizade –, que lhe façam bem
e onde você é admirado.
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Valorize
sua opinião frente a fatos e situações.
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Seja
paciente e flexível consigo próprio e pare de se criticar por qualquer coisa.
Não exija tanto de você, e tenha tolerância e positividade em relação a seus
pensamentos, não se martirizando à toa. Não se menospreze ou se rebaixe. Em
vez disso, modifique o que acredita não ser legal em você.
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Não se
leve tão a sério. Você pode aprender com seus erros e reformular suas
atitudes sempre que necessário.
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