- O estresse pode ser evitado com
alguns hábitos do dia a dia? Por que o estresse está tão relacionado com a
forma como lidamos com ele?
R. Sim sem dúvidas, pequenos
hábitos, como respiração e mudanças no dia a dia ajuda a controlar o estresse.
Vale lembrar que todo stress tem seu ponto positivo (pessoas que gostam de
trabalhar sob pressão, produzem mais e se sentem motivadas ao trabalho) e o
ponto negativo, quando o stress começa a afetar o relacionamento amoroso ou
interpessoal, seja na empresa, na família, na escola ou nas amizades. Este é um
sinal de que a pessoa ou a empresa está doente. O stress é o estado
psicoorgânico produzido pela defasagem entre o potencial do indivíduo e o
desafio que ele precisa enfrentar e o Distress são as alterações lesivas
decorrentes de excesso de stress. Para administrá-lo, não nos limitamos a
proporcionar relaxamento. Muito mais importante é aumentar a sua energia para
que o seu potencial suba e possa enfrentar o desafio. O stress em si não é uma
coisa ruim. Sem ele o ser humano ficaria vulnerável e não conseguiria lutar,
trabalhar ou criar com a necessária agressividade. Mal é o excesso de stress ou
a falta de controle sobre ele. Problemas emocionais e financeiros, desemprego,
separação conjugal, perda de ente querido, novo emprego e outros são fatores
que provocam o stress, quando excedem os limites de tolerância de cada
indivíduo. Ficar alheio a esses sintomas é afastar-se do equilíbrio total, o
que pode significar o mascaramento de desejos e afetos pessoais que, uma vez
reprimidos, geram energias negativas, cujo produto será desconforto, tensão,
ansiedade, insegurança , estafa do organismo. Entre as conseqüências mais
freqüentes dessa tensão figuram insônia, cansaço físico e mental, dores de
cabeça, distúrbios circulatórios, gastrintestinais, hepato-biliares,
impotência, frigidez, redução das defesas imunológicas, diminuição da
capacidade de concentração, agressividade, passividade e outras. Mas como
identificar o Distress nas organizações? Ele se maniesta na queda da
eficiência; absenteísmos repetidos; insegurança ou postergação nas tomadas de
decisões; sobrecarga voluntária de trabalho; irritabilidade, grande nível de
tensão; competição não saudável; politicagem; falta de espírito de equipe;
"panelinhas"; fofocas; desconfiança de tudo e de todos; grande
dependência de um líder e outros sentimentos negativos que tornam o ambiente
carregado, improdutivo e o clima inseguro e insustentável. Ociosidade e greves
são passivas de acontecer. O stress em si não é uma coisa ruim. Porém, mal é o
excesso de stress e a falta de controle sobre ele. Por outro lado, existe o
EUSTRESS, que é a forma positiva de stress, que se manifesta mediante uma forma
eufórica de satisfação e felicidade que também estressa. É o caso das grandes
paixões, assinatura de um grande contrato, conquista de uma promoção ou outra
situação positiva, mas que também podem esgotar euforicamente os envolvidos.
Esse sentimento, embora positivo é tão estressante quanto o seu oponente, o
DISTRESS. Administrar o stress e distress pessoal, social e empresarial é o
segredo. A solução para grandes problemas é, na maioria das vezes, bem simples.
Nós é que complicamos demais quando as buscamos. Pensar e procurar solução é
uma tarefa muito gratificante, quando somos capazes de desfrutar do prazer da
descoberta. Caso contrário, fica o distress.
- Uma alimentação balanceada ajuda
a prevenir o estresse? De que forma?
R. O estresse é um conjunto de
reações fisiológicas que em excesso leva a um desequilíbrio no organismo, que
pode causar aumento na produção de radicais livres, diminuição da imunidade e
uma maior vulnerabilidade a doenças. Ele apresenta três fases: alarme,
resistência e esgotamento. Logo após a terceira fase podem aparecer problemas
gastrointestinais (azia, gastrite, obstipação), dores de cabeça, perda de
memória ocasional, hipertensão, doenças cardiovasculares, dores musculares,
queda de cabelo, fadiga, ansiedade, aumento ou redução do apetite, entre
outras. Existem dois tipos de estresse: o agudo é mais intenso e rápido,
causado por uma situação passageira (perda de um ente querido). Mas o que
atualmente mais atinge as pessoas é o estresse crônico, mais constante e que
progride de forma acumulativa no dia-a-dia (alimentação inadequada, sobrecarga
pessoal ou profissional, fumo, baixa auto-estima, medo, trânsito e etc.). A
alimentação exerce um papel fundamental no controle do estresse. Durante o
processo de estresse o organismo perde vários nutrientes, vitaminas e minerais.
A ingestão excessiva de cafeína, açúcar e sal podem agravar a resposta do
organismo ao estresse. Em compensação, uma alimentação balanceada ajuda a
prevenir e até controlar o estresse. A perda de nutrientes, vitaminas e
minerais deve ser compensada com um maior consumo de cereais integrais,
verduras (brócolis, chicória, acelga e alface) e frutas – ricas em vitaminas
(A, C e do complexo B) e minerais (zinco, magnésio e manganês). O ideal é
consumir alimentos naturais de cores diferentes. Quanto mais colorido o prato,
mais antioxidantes (combatem os radicais livres) serão ingeridos. De
preferência fazer de 4 a 6 refeições ao longo do dia, para atenuar a ação dos
hormônios do estresse. Também é importante praticar atividade física, pois
ajuda a aliviar os sintomas do estresse.
- A ingestão de nutrientes como o
triptofano, magnésio, taurina, teanina, vitamina C, entre outros, pode ajudar
na produção de neurotransmissores ligados ao bem-estar? De que forma?
R. Sim, sem dúvidas, Espargos
contém ácido fólico, vitaminas B e C e contêm um estabilizador de humor. Os
nutrientes em espargos ajudam serotonina de formulário, um neurotransmissor
monoamina encontrada no trato gastrointestinal e sistema nervoso central.
Serotonina regula o humor, sono, apetite, contração muscular e auxilia na
retenção da memória e concentração. Espinafre fornece magnésio um redutor de
estresse natural. Espinafre contém altos níveis de ferro, cálcio, ácido fólico
e zinco. Peixes ricos em ômega-3 ajuda a evitar picos de estresse em tempos de
crise. Ômega-3 é também importantes para o sistema circulatório. Ômega-3
reduzem a frequência cardíaca, triglicérides e pressão arterial. Estresse pode
causar a pressão aumentar. A adição de ômega-3 ajuda a diminuir esse atributo
que pode levar a ataques cardíacos e derrames. Frutas cítricas são ricas em
vitamina C, que estimula o sistema imunológico. Estresse reduz radicalmente a
capacidade de corpos para combater a infecção. A adição de vitamina C pode
reduzir drasticamente a chance de infecção e doença. Frutas ricas em vitamina C
incluem toranja, laranja, limão e limão.
- Por que a atividade física está
tão ligada ao relaxamento e redução da ansiedade?
R. A prática regular de atividade
física é hoje uma das maneiras mais eficazes e divulgadas de combater o estresse.
Diversos estudos científicos comprovam os benefícios para o organismo
proporcionados pela prática rotineira de exercícios. Entre eles, auxilia a
reduzir os níveis de ansiedade e de depressão, melhora o estado de humor,
aumenta a sensação de bem-estar e eleva a autoestima.Correr ou caminhar
habitualmente, além de ajudar as pessoas a se desligarem por algum tempo das
preocupações e angústias de seu cotidiano, produz uma série de benefícios
psicofisiológicos por meio da liberação de certos hormônios produzidos pelo
organismo. A adrenalina (epinefrina) age na redução do estresse, o cortisol
atua como antiinflamatório, o glucagon aumenta a quantidade de glicose no
fígado, o GH (hormônio do crescimento) transmite bem-estar e a endorfina produz
a sensação de prazer e melhora a qualidade do sono. Faça exercícios. É ótimo
para o corpo e também para a mente.
- Qual a relação entre o riso e
os hormônios que regulam o estresse? Quais os benefícios do riso para quem tem
propensão a ficar estressado?
R. Riso na verdade libera
endorfinas, que são hormônios que promovem a sensação de bem-estar e ajudá-lo a
se sentir bem, e isso reduz o nível de hormônios do estresse como a adrenalina,
o cortisol, ou adrenalina e dopamina. Ela também ativa a sua resposta ao
estresse e, em seguida, resfria-lo para baixo, aumentando a sua freqüência
cardíaca e pressão arterial e criando uma sensação de relaxamento. O riso
também estimula a circulação e ajuda a relaxar os músculos, o que reduz os
sintomas físicos do estresse. Além disso, ele ajuda a distraí-lo de emoções
aflitivas, como a raiva, tristeza e ansiedade, e permite-nos ver as coisas de
uma perspectiva mais leve, fazendo com que situações parecem menos
avassaladora. O riso também neutraliza a tensão entre as pessoas durante argumentos
ou conflitos, permitindo um ambiente mais descontraído para se formar.Apesar de
aliviar o estresse é um dos principais benefícios do riso, há também muitas
outras coisas que podem ajudá-lo com, fisicamente, mentalmente e socialmente.
Entre os benefícios físicos é um forte sistema imunológico, como os pensamentos
negativos podem causar reações químicas que podem aumentar o estresse e
diminuir a sua imunidade, enquanto os pensamentos positivos liberar
neuropeptídeos, o que pode ajudar a combater não apenas o estresse, mas doenças
graves mesmo. O riso também alivia a dor, fazendo com que o organismo a
produzir seus próprios analgésicos naturais, e protege o coração, melhorando a
função dos vasos sanguíneos e fluxo de sangue, o que previne ataques cardíacos
e outros problemas cardiovasculares.
- Quais hormônios liberados
durante o sexo podem ajudar a melhorar a resposta ao estresse?
R. O sexo pode ajudar a curar a
depressão porque o contato íntimo produz alterações químicas cerebrais
melhorando o humor devido a liberação
de testosterona, estrogênio,
prolactina, hormônio luteinizante e prostaglandina na corrente
sanguínea. Os hormônios regulam as funções do corpo e também a capacidade de
lidar com o estresse, por isso, sem os níveis hormonais adequados não é
possível ter um funcionamento sexual ou cerebral eficiente, e apesar de
não ser possível controlar de forma direta as alterações hormonais, buscar ter
uma vida saudável no que diz respeito à sua intimidade, mas também a
alimentação, atividade física, sono e controle da pressão arterial, são
boas atitudes a tomar para buscar o equilíbrio hormonal.
- Pessoas com uma rotina de sono
bem estabelecida têm menor propensão a ter problemas com estresse? Por quê?
R. O sono normal é reparador e
vital, como a alimentação e a respiração. Tem início com um quadro de
sonolência superficial, evoluindo com o passar do tempo para estágios de maior
profundidade, onde há total repouso do sistema nervoso central e relaxamento
muscular completo, envolvendo não somente os músculos dos braços e pernas, mas
também a musculatura do coração e dos vasos sanguíneos. Aos poucos, há redução
da pressão arterial e o trabalho cardíaco se torna menor. No estágio de sono
profundo, nós descansamos e sonhamos. Todo o nosso organismo repousa e se
recupera do stress e do trabalho diurno. O sono tem se mostrado tão importante
para a saúde das pessoas que passamos a estudar a sua qualidade além da sua
duração. Nos últimos 30 anos, a média de sono noturno das pessoas sofreu uma
redução de 8/9 horas para 6/7 horas. Entre os americanos, a média de sono é
ainda menor, uma vez que 30% deles dormem menos do que 6 horas por noite.
Vários estudos recentes têm relacionado a privação do sono com a ocorrência
aumentada de obesidade e de diabetes tipo 2. Por outro lado, dormir as cerca de
oito horas recomendadas não significa sono reparador. Nesse contexto, a
situação mais comum é a chamada apnéia do sono, uma forma de dificuldade
respiratória, que cursa com obstrução parcial ou completa das vias aéreas superiores,
resultando em períodos de parada respiratória, baixa oxigenação sanguínea e
despertares noturnos frequentes. Ambas as condições, privação e má qualidade do
sono estão relacionadas com a ocorrência de obesidade. Apesar de ainda não
comprovadas, as prováveis causas dessa relação podem estar associadas ao stress
crônico. Além dele, várias alterações hormonais induzidas pela privação de sono
podem influenciar o ganho de peso, como é o caso da grelina e leptina,
hormônios relacionados ao controle da fome e da saciedade e que tem se mostrado
alterados nos distúrbios do sono.
- Controlar a respiração ajuda a
melhorar a ansiedade e o estresse? De que forma?
R. A respiração controlada reduz
os níveis de cortisol (hormônio do estresse) no sangue, melhora o sistema
imunológico, aumenta a concentração, a sensação de bem-estar, controla a
ansiedade, restabelece o sono e ajuda a combater a depressão. Todo o nosso
corpo tem um ritmo. Você come a uma certa hora, sente sono e a uma certa
hora... respirar também tem seu ritmo. Se ele estiver desequilibrado, é aí que
ficamos doentes, depressivos. Quando fazemos essa respiração, retomamos o ritmo
normal do corpo e voltamos ao equilíbrio.
- Estudos recentes têm
relacionado a bagunça ao estresse, principalmente em mulheres. Como isso
funciona?
R. Uma mesa de trabalho, casa ou
qualquer outra coisa desorganizada pode gerar uma mente desorganizada.
Sentimentos de estresse, ansiedade e esgotamento são comuns em meio a
desorganização, ao ponto da pessoa não saber por onde começar uma arrumação.
- Muitas pesquisas relacionam o
estresse ao uso constante do celular. Por que isso acontece?
R. Chamamos isso de doença da
vida moderna, hoje as pessoas ficam conectada quase que 24 horas. O uso
exagerado do aparelho, além de comprometer a atenção dos das pessoas, reduz o
desempenho e pode causar baixo astral. O celular não foi feito para ser usado
durante todo o dia, como vemos diversas pessoas fazerem. Além de tirar a
concentração, ele pode fazer com que a pessoa se torne dependente do seu uso,
gerando até tristeza e depressão.
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