- Muitas pessoas dizem que estão estressadas com o trabalho,
mas como podemos definir o que as pessoas chamam de “estresse” nessas
situações? Ele sempre é um quadro de estresse propriamente dito?
Nem sempre, muitas vezes é confundido com cansaço. O
estresse não é propriamente uma doença e sim, um estado do organismo quando
submetido ao esforço e à tensão. Numa situação estressante, o corpo sofre
reações químicas normais que preparam o organismo para enfrentar a situação. O
prejuízo entretanto acontece, quando as situações estressantes são
contínuas e o organismo começa a sofrer com as constantes reações químicas que
se sucedem, sem que haja tempo para a eliminação dessas substâncias e sem o
tempo necessário para o descanso e recuperação física e emocional.
Exatamente por não ser uma doença propriamente, os sintomas do estresse são
indefinidos e ao mesmo tempo abrangentes. Podem ir desde uma dor de cabeça,
distúrbios do sono, irritabilidade, cansaço, dificuldade de concentração ou
tensão muscular, a dificuldades respiratórias, dificuldade de memória,
problemas digestivos, pressão alta, problemas cardíacos, e até mesmo distúrbios
psíquicos como síndromes, depressão e pânico.
- Quando essa pressão do trabalho pode evoluir para alguma
síndrome mais grave? Quais são esses quadros clínicos?
R. Para começar é preciso identificar os sinais, se
demonstra sinais de cansaço constante, dores musculares, dores de cabeça e
resfriados, além da pressão alterada. Problemas gastrointestinais, distúrbio do
sono ou qualquer distúrbio ou incômodo que persista por um período mais longo
do que quatro a cinco dias.
Atenção também ao estado mental e emocional. Como está o nível de tolerância, ânimo e atenção. Irritabilidade, desânimo, falta de concentração. O estresse pode ser desencadeado por grandes e pontuais motivos, como também por inúmeros e pequenos motivos que vão se acumulando, sem que possamos perceber quando teve início. Mas o mais comum é apresentar um cansaço maior que o habitual, irritação aos mínimos motivos, dificuldade de relacionamento no trabalho e em casa, cefaleia, taquicardia, sudorese e desânimo para as atividades do dia a dia. Os sintomas podem aparecer de maneira aguda, em crises, ou crônica.
Atenção também ao estado mental e emocional. Como está o nível de tolerância, ânimo e atenção. Irritabilidade, desânimo, falta de concentração. O estresse pode ser desencadeado por grandes e pontuais motivos, como também por inúmeros e pequenos motivos que vão se acumulando, sem que possamos perceber quando teve início. Mas o mais comum é apresentar um cansaço maior que o habitual, irritação aos mínimos motivos, dificuldade de relacionamento no trabalho e em casa, cefaleia, taquicardia, sudorese e desânimo para as atividades do dia a dia. Os sintomas podem aparecer de maneira aguda, em crises, ou crônica.
- Mas o chefe ou o empregador são sempre os culpados por
essas situações? Ou muitas vezes a fonte do estresse pode ser o próprio
funcionário?
R. A cobrança de chefes, colegas e do próprio mercado estão
entre as principais causas de tanta tensão. As pessoas ultimamente têm tentado
ser politicamente corretas e eu acho isso muito errado. Às vezes você deixa de
falar uma coisa que te incomoda em um colega só porque trabalha com ele. Isso é
errado. Não é para sair brigando, mas sim para descobrir uma maneira de se
colocar para essa pessoa. Os resultados começam a ser sentidos na pele de quem
não consegue controlar a ansiedade e irritabilidade. Distúrbios de ansiedade,
pânico, depressão, são algumas das doenças que atingem essas pessoas. Quando
você não encontra uma maneira de colocar o que te incomoda para fora, seu corpo
encontra ela por você. Bruxismo, dor nas articulações, tudo isso são maneiras
que seu corpo encontra de te falar: 'pare e reveja', porque você está fazendo
alguma coisa errado.
- De que forma o ambiente de trabalho pode ocasionar esses
quadros de cansaço ou estresse?
R. Passamos, às vezes, mais tempo no trabalho do que em
casa, o importante é fazer esse momento ser, pelo menos, em algum momento
prazeroso. Saber lidar com as dificuldades e com a pressão é uma boa forma de
melhorar esse relacionamento.
- Ambientes muito competitivos são os únicos vilões? Ou
existem outras características do ambiente de trabalho que podem ser
prejudiciais ao desempenho e contentamento do funcionário, levando-o ao
estresse?
R. Apesar de existirem profissões mais propensas a serem
afetadas pelo mal, como bombeiros, médicos e atendentes de telemarketing,
qualquer profissional pode estar propenso a sofrer com o estresse. As reações
acontecem quando as demandas são maiores do que o sujeito suporta. Cada
indivíduo possui um limiar, por isto a importância da organização conhecer o
seu funcionário. Mais que a empresa, é fundamental que cada pessoa conheça e
respeite seus próprios limites e preze por seu bem estar.
- Empresas que demandam demais, mas não dão reconhecimento
ao trabalho dos funcionários também podem gerar um quadro de cansaço e estresse
em longo prazo? Por quê?
R. Sem dúvidas, especialmente por conta da cobrança e pela
falta de reconhecimento. Não é apenas financeiro, cada empresa possui a sua
estratégia de retenção de talentos. Algumas oferecem planos de benefícios e
bônus no trabalho, planos de carreira e programas de desenvolvimento
individual. Outras optam por motivar seus funcionários com um clima
organizacional agradável e bom relacionamento entre chefe, subordinados e
colegas. Todas essas ações são eficientes, porém não são suficientes para
manter um funcionário realmente motivado e realizado com o trabalho que faz.
Mesmo havendo inúmeros benefícios e ótimo relacionamento entre a equipe, se o
funcionário não for reconhecido pelo trabalho que faz, ele não será motivado
para melhorar (ainda mais) seu desempenho, se aprofundar nos assuntos
profissionais ou buscar novos conhecimentos. Reconhecimento e valorização estão
relacionados com autoestima. Um profissional que não é valorizado pelo seu
trabalho, não recebe um elogio, um feedback positivo ou qualquer tipo de
reconhecimento profissional, provavelmente, após certo período de tempo na
empresa, sofrerá uma perda na motivação. Isso fará também seu trabalho perder
qualidade e até mesmo o interesse pela profissão diminuir.
- Por outro lado, um funcionário que tem uma atitude muito
competitiva perante aos colegas (sempre querendo fazer mais do que os outros)
também pode acabar se estressando? Como? Dá para reverter isso?
R. Sim, ele se cobra demais. Quem se cobra muito, se frustra
muito. O resultado, porém, não é uma rotina repleta de satisfações, mas uma
lembrança permanente de um cotidiano sem fim e um sentimento de culpa por
(claro!) não conseguirem dar conta daquilo que, num delírio feminino coletivo,
“teriam” que completar. Todos os dias. O desafio pra todas é achar o equilíbrio
entre o que gosta e o que precisa. Mesmo com o dia tomado de atividades,
precisamos nos prende ao que ainda não conseguimos encaixar na agenda já
lotada. A melhor caracterização da mulher moderna é a mulher elástica. A culpa
faz parte, mas, se tivermos claro que a cultura é assim, e não nós, já
lidaremos com isso de outra forma. É importante que esse sentimento, de não
conseguir ser a mulher elástica, não seja profundo e angustiante. Precisamos
aprender a dizer ‘ou’ em vez de ‘e’. Escolher não faz de ninguém uma pessoa
pior.
- Não saber organizar seu computador, mesa ou outros lugares
em que se possa armazenar informações também pode ser uma fonte de estresse?
Como reverter isso?
R. Nem sempre, isso é muito pessoal. Tem pessoas que gostam
de um ambiente mais desorganizado. É claro que um ambiente organizado ajuda o
cérebro a se concentrar, mas não é uma regra.
- E não saber organizar as próprias tarefas pode também
agravar o estresse do funcionário? Como ele deve lidar com demandas de diversas
tarefas, para não se desgastar?
R. Sim, a organização ajuda a ter um dia de trabalho mais
produtivo, fazer check list e preparar a agenda no dia anterior, ajuda a
otimizar o dia seguinte. Mas é preciso seguir e cumprir a lista.
- O quão importante é a adequação do funcionário com os
valores da empresa e sua paixão pelo que faz, em suma, a motivação em trabalhar,
para que ele esteja mais feliz e menos estressado no ambiente de trabalho?
R. Sim, quem faz o que gosta já tem uma motivação diária.
- É possível recuperar essa motivação com o trabalho? Ou,
uma vez que ela tenha sido perdida, o jeito é repensar sua própria carreira?
R. Uma das manifestações mais comuns do Stress mental é a
pessoa começar a ter duvidas quanto a sua capacidade de ser útil a sociedade, a
família, aos amigos, a capacidade de ser competente. A sensação de passividade,
o pessimismo, a desestima, são alguns dos sintomas mais comuns nesses
pacientes, fatores que entram na vida da pessoa, levando-a se esvaziar de todas
as energias físicas e emocionais, vivendo a vida como algo negativo sem
conseguir se reerguer dos abismos do medo e da ansiedade. O stress mental leva
a desenvolver uma grande variedade de distúrbios psicológicos, entre os quais a
confusão mental e a incapacidade do individuo em pensar com lucidez e clareza,
prejudicando assim a capacidade de seu poder decisional, o equilíbrio dos seus
sentimentos e a forma de como vai se relacionando com os outros. A pessoa vitima do Stress mental, geralmente
não percebe o seu problema, até conseguir prejudicar um bom numero de
relacionamentos com os outros. A partir daí, se não buscar ajuda., começa um
processo de alienação de todos e de tudo, cuja consequência é o afastamento.
- Conversar com o RH sobre isso pode ser uma solução? Como
abordar essa questão sem se “queimar”?
R. Colocar para fora, é sempre a melhor opção. Falar sempre
com propriedade e apontar os motivos é uma boa forma de tocar no assunto.
- Problemas pessoais (sejam econômicos, familiares, amorosos
ou de saúde) também podem aumentar e até se confundir com o estresse no
trabalho? Como reconhecer que essa fonte de estresse na verdade é de fonte
externa?
R. Sem dúvidas, nós precisamos dividir o nosso tempo em
quatro momentos fundamentais: um tempo para o trabalho, um tempo para a
família, um tempo para o lazer e um tempo para o EU. A maior parte das pessoas
não conseguem esse tempo para o EU e confundem, misturam o tempo da família com
o lazer. Vivem somente para o trabalho e para a família. Assim o Stress mental
entra de forma sutil e imperceptível: quando você percebe, já foi vitima.
Reduzir as fontes geradoras de stress, aproveitar para
dedicar um pouco mais de tempo para si mesmo, talvez desenvolvendo alguma
atividade física, se interessar por alguma atividade que se torne um hobby,
tentar ficar longe dos problemas, seja dos físicos, que dos psicológicos para
poder se reestabelecer e recuperar o próprio equilíbrio, são dicas valiosas,
porem o certo, é ter o acompanhamento e a orientação de um profissional
competente que possa ajuda-lo a se reequilibrar e voltar a vida.
- Li também que um ambiente de trabalho não ergonômico (com
cadeira, computador, iluminação e etc. desregulados) pode ser prejudicial para
a saúde mental do funcionário? Isso pode aumentar o estresse no trabalho?
R. Qualidade de vida e estresse estão intimamente
relacionados, portanto todas as ações capazes de atenuar o estresse são ações
que melhoram a sua qualidade de vida. Em mais diversos ambientes,
principalmente no trabalho, podemos enfrentar diariamente situações de grandes
conflitos e que, por isso, nos exigem importantes percepções e consequentemente
adaptações constantes. Daí a importância da ergonomia no controle do estresse.
Nosso organismo reage e responde a esses variados estímulos que podem
representar as situações ameaçadoras de estresse que enfrentamos, e por isso,
naturalmente ficamos em frequente "estado de alerta", tentando estar
sempre nos adaptando às novas exigências, enfim, nos superarmos a cada dia.
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