Apenas com a sugestão e o desbloqueio mental,
o método combate desde fobias, depressão até alcoolismo e obesidade
Quando se
fala em hipnotismo, a maioria das pessoas logo pensa em magia ou poderes
paranormais. No entanto, essa técnica é hoje usada na medicina, com excelentes
resultados, para o tratamento de diversos males, desde gastrite, úlcera e
alergias até ansiedade, gagueira, depressão e alcoolismo.
A hipnose é
uma arte muito antiga, que permite a alguém entrar em contato com o
inconsciente de outra pessoa, desbloqueando os mecanismos de defesa. Por isso,
sua ação mais eficaz é na cura de doenças de origem psicossomática – explica o
médico e cirurgião Leonard Verea, formado em Milão, na Itália, que aplica o
método de hipnose dinâmica em São Paulo. Com base nos cerca de 1900 pacientes
que já atendeu com essa técnica, o especialista garante que ela permite chegar
à cura total em 80% dos casos, sem recorrer a nenhum remédio. Mas, para
difundir o seu uso, diz que é preciso combater a ideia errada, ainda comum, de
que hipnose se liga à religião ou à magia.
“Não faço
mágica ou milagres, apenas uma técnica médica. O importante é que a pessoa queira
curar-se por meio da hipnose, pois ninguém pode ser hipnotizado se não quiser e
menos dizer ou fazer a sua própria vontade”, diz Verea.
O Método de
hipnose dinâmica, desenvolvido desde 1975 na Itália para fins terapêuticos, é
uma ferramenta, um ato médico e trás muitos avanços em relação à hipnose
tradicional. Em vez de usar o relaxamento e a comunicação verbal para levar o
paciente ao transe, aplica a comunicação não-verbal, como postura, gestos,
ruídos e toques que descarregam e provocam tensão. “Quanto mais tensa a pessoa
fica, mais fácil é hipnotizá-la. Os extremos – relaxamento e tensão – se
aproximam. Além disso, pela hipnose dinâmica faço o indivíduo chegar à fase de
indução em 3 a 4 minutos, enquanto o método tradicional leva de 20 a 30 minutos”
afirma o médico.
A duração
das sessões varia para cada caso. Primeiro o paciente passa algumas informações
ao médico em estado consciente e depois, se comunica com ele sob indução
hipnótica. “Durante a sessão, a pessoa fica hipnotizada o tempo que for
necessário. E a qualquer momento posso interromper o processo, pois todos temos
um nível de tolerância em nossa mente”, frisa Verea.
O tempo de
tratamento também varia. Mas, segundo o especialista, dura o máximo alguns
meses para chegar aos resultados que, a psicoterapia convencional costuma levar
anos.
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