segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Você sabe o que é Síndrome do Pânico?



É uma doença psiquiátrica que pode ser vista como o último degrau de um processo evolutivo que inclui insegurança, medo, fobia e depressão. O diagnóstico é feito por meio dos sintomas que o paciente apresenta e o mais característico e intenso é a extrema ansiedade. Uma outra característica é a sensação de morte eminente, o paciente se sente impotente ao extremo, inseguro ao extremo, ansioso ao extremo, achando que está morrendo. Essa sensação faz com se esconda, se isole no canto mais escuro do quarto dele. É uma pessoa que vive mal. Como sintomas, o paciente somatiza uma série de sensações, como taquicardia, sudorese, só de pensar na possibilidade de se expor ele começa a somatizar essa forma tão extrema e exacerbada.

- Quais são os fatores/causas mais comuns que desencadeiam o problema?
Aparentemente, na maior parte das vezes não há causa, o desencadeamento da crise é repentina e inesperada, pega o paciente despreparado para isso. Na realidade, são situações mal resolvidas e não resolvidas que foram se acumulando ao longo dos anos, assim como o acúmulo da ansiedade que desencadeia dessa forma. O paciente tem medo de tudo. Não consegue fazer nada, principalmente sozinha.

- Há pessoas que são mais suscetíveis a ter a doença?
Sim, minha experiência prova que pessoas mais sensíveis são mais suscetíveis, elas sentem muito mais as variações emocionais que acontecem ao redor dela. É comum que as pessoas que sofram deste problema sejam extremamente produtivas, que acumulem funções, assumam grandes responsabilidades e sejam perfeccionistas, muito exigentes consigo mesmas e que não costumam aceitar bem os erros ou imprevistos, pois, como conhecem sua capacidade, não se permitem estar na média. Para tais pessoas, estar na média seria ser medíocre. Precisam sempre do lugar de destaque, primeiro por reconhecerem que podem responder com eficácia a qualquer coisa que se proponham a fazer, pois são inteligentes e persistentes o suficiente para isso. Em segundo lugar, por ocuparem posições de destaque em quase tudo durante a vida, as pessoas à sua volta acabam criando uma expectativa de sucesso para elas.

- Existe prevenção?
A prevenção existe a partir do momento em que a pessoa aceita sua fragilidade com uma certa antecedência e busca ajuda profissional. Quando a pessoa começa a viver casos de depressão, ansiedade, picos de altos e baixos de insegurança e indecisão e percebe que precisa de ajuda, ela não chega ao nível de Síndrome do pânico, pois só a ajuda já é suficiente para amenizar os conflitos internos e não desencadear os extremos. A partir do momento em que eu busco ajuda, eu não estou mais me escondendo. Saber que tem um espaço disponível com uma pessoa disponível e atenta naquilo que você está falando, acolhedora, já faz com que a pessoa se sinta mais a vontade na busca da solução dos problemas. O processo terapêutico precisa ser um processo acolhedor.

- Quais são os tratamentos possíveis? É a base de remédios (que tipo de medicamento).
E as terapias, quais são as mais indicadas?
As terapias são indicadas sempre, porque durante o processo terapêutico, o processo passa por um amadurecimento e por uma compreensão das causas e efeitos do que lhe aflige. Às vezes há necessidade de medicamento para corrigir alterações bioquímicas que possam ter se criado, para dar um suporte maior, um empurrão. Se a síndrome já se desencadeou, há a junção de terapia mais medicamento. Uma outra terapia é o processo terapêutico que se utiliza da hipnose terapêutica para uma busca mais intensa e profunda do que está acontecendo e uma eliminação mais rápida dos efeitos que lhe faz sofrer. Hoje em dia, de uma forma geral, os processos terapêuticos mais utilizados são a base de cognitiva comportamental, e a hipnose é uma ferramenta altamente eficaz que se propõe a buscar no inconsciente as "causas" da fobia para extingui-la definitivamente. A hipnose terapeutica permite que uma pessoa em estado alterado de consciência possa ter acesso a recordações de situações anteriores, sem perder a consciência, porém, com a concentração focalizada, o que não deixa que elementos externos interfiram no processo hipnótico. O inconsciente não está limitado pela lógica, espaço e tempo, podendo lembrar-se de tudo. A mente pode comentar, criticar, censurar e a pessoa não perde o controle do que diz. Neste estado alterado de consciência é que a pessoa resgata lembranças que possam estar influindo negativamente na sua vida presente e que, provavelmente, seja a fonte de seus problemas.

- Em geral, quanto tempo dura o tratamento? A pessoa fica totalmente curada? Ou terá de conviver com esse fantasma para sempre?
Na relação causa efeito, resolvendo a causa, o efeito deixa de existir, é muito difícil fazer um prognóstico se a pessoa vai ficar totalmente curada ou não, o intuito do processo terapêutico é que se resolva tudo, e a volta do paciente ao convívio social de forma plena e satisfatória. O processo leva , normalmente de 6 meses a um ano. O que determina também a duração é a rapidez/dificuldade de enfrentar os mecanismos de defesa e as resistências da mente do paciente.

- O que a diferencia da depressão? Ou Síndrome do Pânico é um tipo de depressão?
A depressão é uma fase anterior ao do pânico, caracterizada múltipla sensação da impotência. Já a síndrome do pânico é a sensação de morte eminente.

- Os sintomas são apenas psíquicos/comportamentais ou podem haver sinais físicos? Quais?
Sim, é caracterizada por crises súbitas de depressão e ansiedade que duram entre 10 e 20 minutos e geram sensações de desmaio, vertigem, taquicardia, suor, enjôo, entre outras

- Homens e mulheres estão igualmente suscetíveis? Se não, porque isso acontece?
São igualmente sensíveis.

SERVIÇO:
Dr. Leonard F. Verea – médico psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina e Cirurgia de Milão, Itália. Especializado em Medicina Psicossomática e Hipnose Dinâmica. Especialista em Medicina do Trabalho e Medicina do Tráfego. É membro de entidades nacionais e internacionais. Atua como diretor do Instituto Verea e da Unicap.
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Av. Lavandisca, 741- cj 108

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Ansiedade e stress - cura pela hipnose


A vida moderna é desgastante. Os compromissos, as obrigações sociais, o ritmo de vida que a maioria de nós leva, fazem com que vivamos em um contínuo estado de tensão, ansiedade, insegurança com o dia de amanhã. Para manter o equilíbrio e continuar a viver "dentro" da sociedade, procuramos aumentar e viver melhor os nossos momentos de lazer. 

Mas, quando mesmo assim, não conseguimos esta serenidade, nos tornamos vítimas de um mecanismo diabólico que começa a alimentar nossas frustrações e nossas deficiências, fazendo com que vivamos nervosos, cansados e sempre mais desgastados com o ritmo e as situações que a vida e a sociedade nos impõem. 

Qual a solução? 

Procurar a cidade da eterna felicidade: SHANGRILÁ? 

Procurar artifícios divulgados maciçamente por todas as campanhas publicitárias para uma vida melhor? 

Procurar ajuda nos vários medicamentos tranqüilizantes, ansiolíticos, anti-stress, anti...tudo etc., com o risco de nos tornarmos dependentes e sempre mais em uma roda viva?

Procurar dentro de nós mesmos aquela força, aquela determinação, aquela segurança para podermos enfrentar melhor todas as dificuldades e superá-las? 

É óbvio que encontrar ajuda nos outros ou no que os outros, de várias maneiras, podem nos dar é muito cômodo e, às vezes, fácil. 

Muito mais difícil e imperativo é buscar ajuda em nós mesmos, sobretudo quando não sabemos por onde começar, nem como fazer.

Os cientistas do mundo inteiro começaram a perceber como estava se tornando importante e prioritário descobrir métodos que auxiliassem as pessoas a melhorar a própria qualidade de vida e a descobrir e utilizar melhor as características e as potencialidades individuais, para viver melhor e se defender dos constantes ataques aos quais a sociedade inevitavelmente é submetida. 

Nada melhor do que a necessidade para estimular a busca, a pesquisa e o encontro de soluções. As duas guerras mundiais e as outras que a elas se sucederam, forneceram este estímulo. 

Havia uma necessidade sempre maior de motivar os soldados a combater, os civis a resistir e todos em geral a se manter coesos e unidos para sustentar, sem titubear, os ideais dos próprios líderes.
Foi entre as duas guerras e depois delas, que nasceram e se desenvolveram inúmeras técnicas de ajuda e suporte físico-emocional no mundo inteiro. 

Os cientistas concordavam unanimemente que somente trabalhando causas e efeitos, podia se chegar a uma solução satisfatória. Os médicos e os psicólogos se desdobraram na busca da solução ideal para atender às necessidades sempre maiores e às cobranças sempre mais emergentes às quais eram submetidos.
Mas havia uma dificuldade insuperável. Não existe ninguém igual ao outro, tanto física quanto emocionalmente e isto fez com que se percebesse que não podia existir um tratamento único e ideal para todos, mas várias formas de tratamento, para que cada um pudesse, dentro de várias opções, encontrar a solução melhor para o seu problema. Hoje observamos como as descobertas da medicina e da psicologia criaram profissionais sempre mais especializados em setores cada vez menores do nosso corpo e da nossa mente. 

Ao lado das novas técnicas, mais afinadas e em constante evolução, redescobriram-se modelos de tratamento antigos como o Homem, assim como se começou a dar sempre maior importância àqueles valores que foram se perdendo nos tempos. 

Educação, família, casamento, costumes, sexualidade vivida de forma sadia e não mais promíscua, trabalho, etc., foram se revalorizando. 

Na saúde, paralelamente à utilização de computadores e técnicas sempre mais sofisticadas, houve uma intensa redescoberta de soluções naturais, plantas, ervas, essências e remédios manipulados e não mais industrializados. Técnicas milenares passaram a ser reutilizadas e investe-se cada vez mais no desenvolvimento e aprimoramento destes tratamentos, entre os quais têm sempre um maior destaque a acupuntura e a hipnose. Prova disso é o uso do "laser" na acupuntura que, até poucos anos atrás, era impensável, bem como a sua aplicação para o tratamento das doenças "modernas". 

Descobriu-se a Medicina Psicossomática, ou seja, os pesquisadores começaram a perceber como existem inúmeros fatores emocionais no desenvolvimento e evolução de muitas doenças: problemas emocionais mal resolvidos e não resolvidos que afetam o nosso organismo, onde encontram uma ótima válvula de descarga, geram doenças até então consideradas solucionáveis somente com uma abordagem clínica ou cirúrgica.
A figura do psicólogo enriqueceu-se, assim como o estudo dos aspectos psicológicos e emocionais nas várias patologias, tornou-se fundamental no "currículo," das melhores faculdades de medicina do mundo inteiro. Que stress..., sinto-me estressado..., levo uma vida estressante..., ouvimos dizer nas conversas diárias quando alguém se refere àquele cansaço, ansiedade, depressão que acontecem mais cedo ou mais tarde a todas as pessoas fortemente envolvidas com a família, o trabalho ou com os problemas pessoais.
Mas o que é este stress do qual todo mundo está falando? É a reação do nosso organismo à ação de qualquer estímulo, agradável ou desagradável, físico ou químico, infeccioso ou orgânico, nervoso ou mental, emocional ou afetivo. 

O stress não somente é inevitável, mas, se guardado dentro de certos limites necessários, é até benéfico.
A nossa própria existência é stress , porque ela se baseia sobre um contínuo processo de adaptação, de equilíbrio estável com o ambiente e contra o ambiente. 

O stress é antigo como a humanidade, como a própria vida, mas se hoje tanto se fala de stress , é porque a sociedade nos submete a um bombardeio de estímulos estressantes nunca acontecido na história da humanidade, que põe a dura prova a capacidade de adaptação do nosso organismo e da nossa mente. Os estímulos estressantes mais comuns no indivíduo são aqueles psicológicos. 

A preocupação com a nossa saúde ou de pessoas queridas, o trabalho que comporta sempre maiores e graves responsabilidades, tensões e frustrações contínuas, assistir a uma cena emocionante, se defrontar com um ambiente social novo, provocam stress de maneira igual se não maior do que os agentes físicos ou biológicos estressantes. Também as experiências positivas provocam stress , constituindo de fato uma mudança e necessitando que o organismo se acostume também a elas. Abraçar com paixão uma pessoa querida, vencer na loto, uma promoção profissional, um aumento inesperado de salário, levam a desenvolver stress . 

Em outras palavras, agradável ou desagradável que seja a emoção ou sensação, produz no nosso organismo stress , que, traduzido em português, significa tensão. Assim, paradoxalmente, um enfarte pode ser desencadeado tanto por um grande prazer como por um grande sofrimento. 

Entre as conseqüências mais freqüentes da tensão, existem a ansiedade, a insônia, cansaço físico e mental, dores de cabeça, distúrbios circulatórios, gastrintestinais, hepato-biliares, impotência, frigidez, redução das defesas imunológicas, diminuição da capacidade de concentração, agressividade, passividade.
Alguns indivíduos são extremamente sensíveis a qualquer situação estressante, podendo se transformar em um fator desencadeante de muitos distúrbios do comportamento. O stress pode se tornar particularmente arriscado em sujeitos cujos órgãos estão já desgastados por doenças ou disfunções crônicas, por exemplo: os hipertensos, os cardiopáticos, os idosos em geral. 

O maior perigo vem, não dos grandes estresses ocasionais, mas de pequenos e contínuos estresses, aqueles de todos os dias, que constituem o desgaste da vida moderna e que, juntando-se, podem se revelar fatais. Mas como prevenir ou, pelo menos, diminuir os danos do stress ? Uma receita fácil e um medicamento imediato não existem. É preciso, antes de mais nada, procurar, com a ajuda do bom senso, controlar aquelas tensões diárias que podem ser evitadas e reduzi-las. 

Regularizar a alimentação, o trabalho, o descanso, o sono, consumir menos álcool, menos nicotina. É necessário evitar a vida sedentária, a luta contínua contra o relógio e, qualquer causa de cansaço crônico, diminuir os compromissos, concluir uma relação sentimental tormentosa, saber se interromper, saber parar em tempo quando o equilíbrio se torna por muito tempo instável, saber relaxar, e encontrar a forma de se libertar, de manifestar a si mesmo os próprios sentimentos. É fácil aconselhar alguém a relaxar, mas não é tão fácil para essa pessoa conseguir. Existem, em matéria de ajuda, todas aquelas técnicas que o profissional da saúde, bem preparado, pode ensinar o paciente a utilizar. São todas formas diferentes para ajudar o paciente a encontrar e restabelecer o equilíbrio físico, psíquico e emocional. Dentro desse panorama, a hipnose vem conquistando um lugar de sempre maior relevância, e a Hipnose Dinâmica se coloca como um tratamento de vanguarda.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Insônia: cura pela hipnose dinâmica





30% da população mundial sofre de insônia

O que é o sono

Existem alguns estágios do processo do sono que vão do bem leve ao mais profundo, e os mesmos se alternam em ciclos. Nesse ciclo são vividos todos os estágios chamados de NREM (no rapid eye moviment), intercalados com momentos de sono REM (rapid eye moviment). O ciclo completo tem a duração de aproximadamente duas horas, e é repetido ao longo do sono 3 ou 4 vezes. O sono NREM é caracterizado pela diminuição das funções fisiológicas ao mínimo, com movimentos do corpo na passagem de uma fase para outra.  O sono REM é caracterizado por uma ativação cerebral e por movimentos oculares rápidos, e o corpo permanece imóvel nesta fase.

Quantas horas devemos dormir diariamente para ter um bom descanso?

Não há uma quantidade exata de horas que devemos dormir, e isso varia de pessoa para pessoa, de acordo com a faixa etária. Os recém-nascidos chegam a dormir mais de 20 horas, enquanto o idoso, em geral, dorme pouco. Alguns indivíduos precisam dormir de 6 a 8 horas, outros se sentem mal se não tiverem 10 horas de sono.  Mas o que se sabe é que dormir bastante não significa dormir bem.  O importante não é tanto a quantidade de horas dormidas, mas sim a qualidade do sono que permite ao indivíduo se sentir bem-disposto e regenerado física e emocionalmente.

Distúrbios do sono

Muitos são os problemas que podem ocorrer durante o sono, como insônia, apneia, sonambulismo, entre outros.  Este distúrbio é um aspecto clínico ou um critério de diagnóstico relacionado a várias formas de psicopatologias, quase todas condições de depressão ou ansiedade, associadas à dificuldade de iniciar ou manter o sono. Segundo estatísticas, mais de 30% da população mundial sofrem de insônia.

Tipos mais comuns de insônia:

Insônia idiopata - inicia na infância e é uma dificuldade de manter um sono adequado durante a vida, provavelmente devida a um defeito dos mecanismos neurológicos controladores do processo sono-vigília. Apesar do sono mais difícil, esses indivíduos, por carregarem a patologia há muito tempo, têm menos problemas psicológicos e lidam melhor com a dificuldade do que, por exemplo, os portadores da Insônia psicofisiológica, que é a dificuldade em começar e/ou manter o sono. A insônia acompanha um baixo desempenho nas atividades quando no estado de vigília, aumento do nível de tensão e de ansiedade.

Temos ainda a Insônia subjetiva, que é a sensação relatada pelo paciente de ter dormido mal ou não o suficiente para descansar, apesar desta queixa não ser comprovada objetivamente; e a crônica, que  ataca milhões de pessoas em todo o mundo e, na maioria dos casos, vem acompanhada de distúrbios físicos, como movimentos involuntários das pernas e problemas respiratórios.

Pode ser ainda consequência de maus hábitos, como: trabalhar (ou estudar) até a hora de se deitar; assistir televisão até tarde; excesso de luz acesa.  A alimentação e bebidas que podem interferir no sono como café, chá preto, chimarrão, chocolate, guaraná e refrigerantes à base de cola contêm elementos que excitam o sistema nervoso. Também a nicotina do cigarro é prejudicial ao sono e, ao contrário do que se pensa, o álcool não o favorece.

Quando começar a se preocupar?

A insônia começa a ser um problema quando as dificuldades para dormir persistem por mais do que 3 vezes por semana; quando a dificuldade em iniciar o sono supera os 30 minutos após a ida para a cama; quando há queixas de mau humor, fadiga e cansaço depois de uma noite maldormida; quando as atividades profissionais, sociais, familiares, etc. começam a ser prejudicadas e, finalmente, quando esse estado perdura por mais de seis meses.

Tratamento

Sendo a insônia um distúrbio complexo e multifacetado, seu tratamento pode exigir inúmeras abordagens. “A medicina psicossomática lida com símbolos e, para entender essa queixa que o paciente nos apresenta e ajudá-lo a resolver o problema, nossa primeira pergunta é: o que a insônia significa do ponto de vista simbólico?”, explica Dr. Leonard Verea, médico psiquiatra, especializado em Medicina Psicossomática e Presidente do Instituto Verea.

Como processa

Nossa vida é caracterizada por situações ligadas a causas e efeitos. A Insônia é um efeito ligado a situações malresolvidas e/ou não resolvidas, acumuladas ao longo do dia, resultado de eventos estressantes em que o acúmulo de tensão e ansiedade é evidente, como: morte em família, problemas financeiros, mudança de emprego ou problemas matrimoniais. O estresse é a reação do nosso organismo à ação de qualquer estímulo, agradável ou desagradável, físico ou químico, infeccioso ou orgânico, nervoso ou mental, emocional ou afetivo.

A nossa mente processa as informações seguindo dois parâmetros: o do consciente (lógico e racional), que são as ações, e o do inconsciente (analógico e irracional), que são as emoções. A insônia envolve toda a estrutura analógica emocional da nossa mente e, por mais que o paciente queira e precise dormir, existe uma força incontrolável, superior à própria capacidade de absorção, que o leva a desenvolver essa tensão, essa ansiedade que o impede de adormecer naturalmente.

A insônia, de uma forma simbólica, é vista como a dificuldade de pôr para fora a ansiedade acumulada e a necessidade de mais tempo para processar as informações acumuladas durante o dia. Existem inúmeras drogas que o médico pode prescrever para ajudar o paciente a induzir o estado do sono, porém nenhuma delas pode ser tomada por longo tempo, para não criar dependência, assim como nenhuma delas ajuda o paciente a resolver as causas geradoras deste distúrbio. O tratamento com hipnose dinâmica ajuda o paciente a trabalhar tanto o efeito quanto as causas geradoras da insônia. Resolvendo a causa, o efeito deixa de existir”, explica Verea.

“Ao longo do tratamento, utilizamos a ferramenta da hipnose para conseguir entrar em contato com as estruturas inconscientes, analógicas, irracionais da mente do paciente, conseguindo ajudá-lo a encontrar novas válvulas naturais de descarga da tensão acumulada, deixando assim de somatizar essa energia negativa, melhorando a qualidade de vida, a autoestima, o repouso e o desempenho no seu cotidiano. Com essa melhora, procedemos à busca das causas geradoras das tensões malresolvidas e começamos a pesquisar a vida do paciente: seu relacionamento com a família de origem e com a família adquirida, a vida profissional e social, costumes e hábitos sexuais e outros fatores, até encontrarmos as situações malresolvidas e resolvê-las. O processo é considerado uma terapia breve, que dura alguns meses. Normalmente não são indicados medicamentos, e os resultados são plenamente satisfatórios na maioria dos casos”, finaliza.


Desesteriotipando a hipnose dinâmica

A hipnose dinâmica não tem nada de misticismo nem é arte teatral.  O hipnotizado mantém a consciência de que só é hipnotizado quem quer.  A hipnose dinâmica é uma técnica que se utiliza da comunicação não verbal (CNV), permitindo que uma pessoa, em estado alterado de consciência, possa ter acesso a recordações de situações anteriores, sem perder a consciência, porém com a concentração focalizada, que não deixa que elementos externos interfiram no processo hipnótico.  O inconsciente não está limitado pela lógica, espaço e tempo, podendo lembrar de tudo.  A mente pode comentar, criticar, censurar e a pessoa não perde o controle do que diz. Nesse estado alterado de consciência é que a pessoa resgata lembranças que possam estar influindo negativamente na sua vida presente e que, provavelmente, sejam a fonte de seus problemas.  Doenças psicossomáticas como síndrome do pânico, obesidade, impotência feminina e masculina, ansiedade, stress, tabagismo, alcoolismo, dependência de drogas, medos (de dirigir, de avião, etc.) podem ser tratadas e curadas por meio da hipnose.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Você sabia?


A crise da meia idade




A maturidade é o tempo das responsabilidades materiais, como o trabalho, a família e as relações afetivas. Nessa fase, os objetivos que o indivíduo definiu deveriam ter sido alcançados. Normalmente a pessoa tem uma atividade profissional estável, não tem mais grandes lutas para chegar. Economicamente a situação é em geral mais tranquila. Afetivamente, os projetos são a longo prazo, e os investimentos são maiores nessa esfera. O que caracteriza essa fase da vida é o sentido da “responsabilidade”, que é posta em pauta em todos os aspectos: no trabalho, sobre a capacidade de gerir uma função profissional, nos aspectos econômicos, assim como nas situações familiares. Existem responsabilidades materiais com os aspectos práticos da vida, compras, vendas de bens, gestão da casa etc. Existem responsabilidades afetivas, na escolha de manter uma relação de casal estável, mesmo sem chegar ao casamento.

Existe também uma responsabilidade paternal, no sentido de existir a possibilidade primeiro emocional e depois real de ser pai, tanto para quem já tem filhos e enfrenta os prazeres e dores de criá-los como para quem está elaborando a escolha de não tê-los ou a dor de não os poder ter. 

Os inimigos da autoestima nessa fase da vida estão nas situações mencionadas acima. 

No trabalho, o peso das responsabilidades: lutou tanto para chegar a ter o status profissional e, agora que possui tudo o que desejava, não consegue manter o ritmo. Administra tudo dando o máximo de si, mas paga o preço de não ter mais energias para o resto: não consegue cultivar as amizades, nem mesmo uma relação afetiva estável. Sente-se sozinho e avalia o próprio valor em função dos objetivos que alcança. Outra manifestação é com a insatisfação com o próprio trabalho: trabalhar serve somente para ganhar dinheiro e poder fazer aquilo que gosta. Mas passar o dia inteiro fazendo algo que não curte muito começa a se tornar difícil de sustentar, e o indivíduo começa a se sentir muito frustrado. Não percebe alternativas, e na realidade nem as procura: a sua autoestima decai e começa a ter a sensação de que não vai poder continuar assim por muito tempo. Outra situação é quando não se sente realizado profissionalmente: estudou durante muitos anos para poder desenvolver a atividade dos sonhos, mas até hoje está ainda engatinhando. A sensação é de não chegar nunca e, dia após dia, suporta a injustiça do mundo e dos colegas, alimentando sempre projeções para o amanhã e sonhos de vingança. 

Amor x baixa autoestima

Na relação de casal, uma das situações que alimentam a baixa autoestima é o fato de o indivíduo ser ainda “single” contra sua vontade. O fantasma de ficar sozinho a vida toda começa a ser cada vez mais presente nos seus pensamentos e, junto com ele, a ansiedade de ter que fazer algo para reparar isso: toda vez que sai, o objetivo é encontrar alguém; quando encontra, não vive livremente esse momento, está sempre avaliando se o outro merece o seu tempo. Resultado? Todos fogem, e você fica sempre mais sozinho, firmando cada vez mais a ideia de que não merece o amor de alguém. Outra manifestação na relação de casal é não ter uma relação feliz: vive uma relação há muitos anos e sente que, mesmo que os dias passem sem prazeres nem cumplicidades, não pode mais mudar de ideia. Por outro lado, muitos dos seus amigos vivem uma relação parecida: justifica isso dizendo que o amor e a paixão acabam com o tempo, deixando espaço a um afeto mais brando. O problema é que o seu corpo, mais sábio, não acompanha a sua racionalidade, e denuncia o mal-estar com uma série de somatizações: cefaleia, distúrbios sexuais, ansiedade, nervosismo, insônia, falta ou excesso de apetite etc. Outra situação é quando o parceiro trai: raiva, desilusão e cinismo são os ingredientes que essa situação cria em você e que abalam sua autoestima profundamente.

Todos se sentem na obrigação de lhe dizer o que fazer, e você não consegue entender o que realmente deseja. Perdão? Vingança? Fuga? Muitas perguntas sem respostas, mas finalmente uma dúvida cruel, que põe fim à sua autoestima já muito abalada: “Se fui traído, talvez tenha sido por merecer”. A relação na qual acreditava acabou: tinha feito muitos planos, alguns postos em prática: a casa, o casamento, os filhos. Improvisadamente sente-se sozinho, como acordando bruscamente de um sonho. É uma realidade que dá medo. Como recomeçar? Onde errou? Quem vai te querer agora? Como perceber quem será a pessoa certa? Os sentimentos de culpa e a sensação de fracasso completam a obra, e a dificuldade maior é encontrar um sentido no que aconteceu.

Na relação com os filhos

Sentir-se culpado por achar não ter conseguido criar um bom relacionamento com os filhos é uma ameaça para a boa autoestima. “Não consigo ter filhos.” Tentou de todas as formas. Talvez nem tenha uma causa física, mas nada de engravidar. A vida inteira ouviu dizer que a mulher se realiza plenamente quando tem filhos, e isso não a ajuda. Aliás, sente-se inadequada, com muitas perguntas e dúvidas, e isso gera uma ansiedade cada vez maior; nem consegue aceitar que sua vida é valiosa, mesmo sem ter filhos. “Não sou um bom pai.” Filhos rebeldes ou com dificuldade na escola? A resposta é que não serve como pai. Mesmo que tenha feito o melhor para que tudo desse certo, culpa-se porque tem pouco tempo para dedicar aos filhos, culpando assim também suas atividades. Se o parceiro tenta minimizar o fato, sente ainda mais o peso da responsabilidade nas costas. “Sinto-me abandonado pelos filhos que se tornam adultos.” Tudo deu certo até que os filhos precisavam de você. Mas, agora que estão crescendo, que se tornam cada vez mais autônomos e não dependem mais dos pais, você se sente inútil. Ser pai era visto como sinônimo de “dar”, e agora, junto ao prazer de ver os filhos se tornarem adultos, o medo de perdê-los e de não servir mais para nada é cada vez mais presente.

A crise da meia idade é um momento crítico com o qual todos vão ter que lidar

A vida parece ser sempre a mesma, e a pessoa sente a necessidade de fugir dos hábitos, da rotina. O parceiro que conhece há muito tempo não reserva surpresas nem fortes emoções. E você? O corpo não tem mais a energia de um tempo: as rugas, a barriguinha, os cabelos grisalhos não somem da sua frente. Parece que não gosta de mais nada de você, nem dentro nem fora. É muito fácil nesse momento da vida achar que pode resolver a crise com algumas folias: uma atitude inconsequente no trabalho, um amante, a compra de algo caro e luxuoso... Seja bem-vinda à folia saudável, se isso te permite manter ao longo do dia uma postura consciente de leveza. Mas o perigo existe quando essas atitudes são uma fuga da realidade, perigosas e difíceis de gerir, que, quando voltar à real, podem fazê-la se sentir pior do que antes.

A menopausa é considerada como o fim da vida fértil, mas, para muitas mulheres, representa ainda um momento dramático da própria vida, um momento a ser postergado o máximo possível, mesmo recorrendo a fármacos. Muitas mulheres ignoram o sentido mais simbólico da menopausa: a mulher passa da capacidade de gerar um filho à possibilidade de elevar a própria energia e se abrir para uma capacidade de gerar bem mais ampla. A sexualidade, liberada finalmente do risco da concepção, pode ser vivida com maior leveza e espontaneidade.

Na prática: viver o prazer pelo prazer

Uma happy hour com os amigos antes de voltar para casa? Por que não? Fazer amor de manhã logo após acordar antes de ir ao trabalho? Por que não? Sim, não resista! Viva o presente! Quem quiser ser feliz, seja. Do amanha não se tem certeza. Gozar das coisas boas não cansa, aliás, descansa o cérebro e o regenera. Esvaziando a mente, o prazer elimina as recriminações e ativa as áreas cerebrais que produzem bem-estar. Viva as situações imprevistas como algo bom, que pode agregar coisas boas à sua vida. Elimine as frases em “negativo”, as frases em “absoluto”, os “porquês”, os verbos no “condicional”. Evite se comparar com o passado, evite as promessas para o futuro. Mude sua imagem: às vezes, estamos muito presos a uma imagem antiquada de nós mesmos. Roupas, acessórios, penteado novo ajudam a fazer com que nos sintamos bem desde o começo do dia. Vestir a roupa que mais gosta, fazer isso por si mesmo, para se gostar cada vez mais.