quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Vença o medo de dirirgir




Se você não tem medo de dirigir provavelmente conhece alguém que tenha. Por outro lado, se você morre de medo de pegar no volante, deve conhecer outros tantos indivíduos, senhores absolutos de seus possantes, que parecem completamente insensíveis ao seu drama.

Calma, calma. Recente levantamento revela que 6% da população mundial tem medo de dirigir. Isso significa que em cada 100 indivíduos, 6 fogem do volante. Ao que tudo indica, a maioria são mulheres. Falta de técnica, ansiedade, insegurança..., a causa pode estar num destes fatores, até nos três juntos, ou em nenhum deles. Pré-disposição, traumas ou fobias também disparam a válvula do medo, que causa desespero e reações físicas como tremedeira, sudorese, dores abdominais, entre outros.

As pessoas que têm medo de dirigir são muito ansiosas, elas antecipam os acontecimentos, e sempre para o lado ruim, daí sentem medo e deixam de concretizar algo, que neste caso é dirigir. É desconfortável sentir medo, ninguém gosta, por isso o mais fácil é se afastar da causa.

“Quem domina quem?” É o que pretende estabelecer a terapia, que transforma o banco do motorista num divã. O método une o tratamento psicológico e o condicionamento técnico do motorista. A duração depende muito do paciente, vai de três meses até um ano. Alguns casos precisam da ajuda de remédios se relacionados a outros transtornos como fobia social, síndrome do pânico, etc.

A estudante Roberta S. Melloso, 21 anos, sonhava com o dia em que iria guiar o seu veículo, mas a maioridade demorava a chegar. Por volta dos 16 anos ela resolveu experimentar o gostinho de dirigir, e achou amargo.

Roberta, que não tinha preparo técnico, pegou o carro da mãe de uma amiga e o bateu no poste da garagem. “A partir daí tudo ficou meio estranho, as aulas na auto-escola foram traumáticas, o instrutor não tinha nenhuma paciência e eu encontrava muitas dificuldades”, comenta Roberta. Mas o fato é que, apesar de tantos pontos contra, algumas semanas mais tarde, ela estava legalmente habilitada para dirigir.

A carteira novinha permanecia na bolsa, mas Roberta jamais pegara no carro. Frescura, besteira..., ela ouviu de tudo. O motivo real? Medo, muito medo. “Medo de bater o carro e matar quem estivesse comigo, sei lá, perder o controle”, explica.

Inconformada com a situação ela resolveu enfrentar o drama e se inscreveu numa auto-escola especializada em pessoas com medo de dirigir. “Fácil não foi, o mais difícil é dar o primeiro passo, pegar o telefone e ligar”, comenta.

”A partir daí fui adquirindo controle psicológico sobre o medo, e técnico sobre o carro, fazia também terapias em grupo onde dividia as frustrações e alegrias com outras pessoas”.

Roberta obteve alta após 6 meses de terapia e já dirige sozinha há 4 meses “Vou para qualquer lugar sem problema nenhum, reconquistei minha auto-estima e a vida ficou mais prática. É claro que nós (pessoas que tiveram medo de dirigir) somos mais cuidadosos que os outros, é uma questão de encarar o trânsito de forma muito responsável, mais do que muita gente faz”.

Pessoas que têm medo de dirigir são super responsáveis e perfeccionistas, não admitem erros. Elas preferem não fazer a fazer mais ou menos, mas no trânsito dependemos do outro também.

O mais importante é não se jogar na mão de qualquer “profissional”. É essencial escolher um psicólogo, só ele pode atuar na área do medo. Colocar uma pessoa com medo de dirigir de forma imprudente no trânsito poderá levá-la ao pânico, por isso, tenha cuidado.

Hipnose
Outra linha de tratamento aposta na hipnose como arma contra o medo. O médico psiquiatra Leonard Verea, que aplica a técnica, explica como a hipnose funciona. Durante a hipnose a pessoa fica em estado alterado de consciência e passa a ter acesso às recordações, isso ajuda a descobrir as causas do medo. Na próxima fase ocorre um tipo de reprogramação mental, onde o paciente aprende a encarar a superar o medo.

As sessões de hipnose são realizadas no paciente totalmente acordado, e os números de sessões variam de acordo com o caso. 


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