quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Cuidado com os remédios para dormir




Para quem passa as noites sem conseguir dormir, o relógio é cruel. Na arrastada luta contra a insônia, remédios calmantes surgem como armas rápidas e infalíveis para vencer o problema. Dados da Anvisa, mostram que os benzodiazepínicos, como são chamados tecnicamente, estão no topo da lista de remédios controlados mais vendidos no Brasil. E a comercialização cresce a cada ano, embora os efeitos colaterais e o risco de dependência sejam amplamente conhecidos. O consumo indiscriminado de indutores de sono, representa sérios riscos para a saúde, apesar do perigo, os remédios de efeito calmante são os mais vendidos por alguns laboratórios. Essas substâncias induzem um sono artificial e são indicados em casos clínicos específicos, por períodos determinados. Pacientes que fazem uso crônico geralmente desenvolvem tolerância e necessitam de doses cada vez maiores. Usados no tratamento de transtornos de ansiedade e epilepsia, essas medicações acabam agindo contra a insônia por terem influência sobre o sistema nervoso central, promovendo estado artificial de relaxamento. Essas drogas também produzem efeito sobre o centro de recompensa cerebral, desencadeando a liberação de substâncias que dão sensação de prazer. O mecanismo caracteriza um potencial gerador de dependência, que se torna maior com o uso crônico. A mudança de hábitos de vida é o que realmente vai fazer diferença (contra a insônia), mas requer esforço, disciplina e paciência. Os efeitos colaterais são o aumento do risco de quedas e acidentes, sedação excessiva e comprometimento da memória e das funções cognitivas. Boca seca e enjoos são outras prováveis consequências adversas. Pacientes que desenvolvem dependência são tratados com a descontinuação gradual do uso do remédio.

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