quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Todo mundo em pânico



O terrorismo e a escalada da violência espalham cada vez mais um sentimento de receio na sociedade


A medicina já provou que o medo é uma doença e atinge cerca de 14% da população mundial. Apesar disso, o mundo hoje dá conta de um sentimento coletivo que ainda não encontrou explicações: o medo da própria sociedade.

Desde o atentado contra o World Trade Center em 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, as pessoas passaram a encarar um temor de algo indeterminado, que não pode ser visto: o terrorismo e a violência.

Para o psiquiatra, Dr. Leonard Verea, o ataque às torres gêmeas evidenciou o uso do medo como arma para dominar as pessoas. “O medo sempre existiu como parte da condição humana. Mas vejo que hoje essa história está muito mais complicada. Acho que estamos em torno da ruína de uma civilização e caminhando para um lugar que a gente não sabe bem como é”, acredita.

O conceito de transtorno da ansiedade é quando esse medo se torna exagerado, mesmo sem a influência de fatores externos. “Isso pode estar ligado a fatores cognitivos. Todo mundo tem eventualmente uma falta de ar, mas essas alterações disparam um alarme em quem sofre de alguma fobia”, diz . “A pessoa não sabe de onde vem o medo, mas é acometida por um ataque de pânico violento até no sentido físico. Ela sente como se estivesse sendo surrada.”

Mesmo sem fazer previsões, o médico afirma que esse comportamento em relação à violência poderá se tornar um problema de saúde pública. “Por mais que exista a violência, não há razão para se trancar em casa, por exemplo. Mas se existe um medo exagerado da violência, isso pode se tornar um transtorno patológico”, afirma Verea.

Para o psiquiatra Leonard, especialista em medicina psicossomática, o problema também passa pela questão cultural. “As pessoas vivem com medo, isso é um fato. Com isso, nos acostumamos desde pequenos a ficar desconfiados”, diz Verea.


Medo
Mudar para melhor!
Sintomas e Tratamentos do Medo
O medo é uma emoção saudável no ser humano. Normalmente, nos protege contra ameaças reais à vida. Todas às vezes, que nos deparamos com circunstâncias inesperadas, que representam perigo, surgem os sintomas desse quadro. Mas o que devemos fazer quando tudo, qualquer situação cotidiana, nos causa essa insegurança e nos paralisa? 

"Um dos efeitos do medo é perturbar os sentidos e fazer com que as coisas não pareçam o que são." Miguel de Cervantes – Dom Quixote, século XVII. 

Quando o Medo se Torna uma Doença
O medo patológico limita de alguma forma a vida das pessoas. O problema é mais comum do que se possa imaginar e vêm sendo registrado com frequência cada vez maior em consultórios psiquiátricos e clínicas psicológicas. O medo patológico se diferencia do normal por vários motivos:
• não tem razão objetiva;
• não tem base na realidade concreta;
• o próprio paciente sabe ser absurdo o que sente;
• provoca uma aflição (ansiedade) desmedida e
• é acompanhado de sintomas físicos (falta de ar, sudorese, etc.)
O exagero é um quadro clínico de fobia ou de pânico e, normalmente, está relacionado à ansiedade patológica, angústia e, principalmente, depressão. O indivíduo com síndrome de pânico sofre tremedeiras pelo corpo; é tomado pela tontura súbita, a pressão arterial dispara e coração bate descompassado. Os sintomas são parecidos com os de um infarto e, nesse instante, a morte ou a loucura iminentes parecem certas. Depois da primeira crise, o paciente costuma submeter-se a uma batelada de exames clínicos; o médico verifica que não há nada de errado e, mesmo assim, as crises continuam. Um dos piores aspectos do pânico é o "medo de ter medo". 

Tratamentos para o Medo, Síndrome de Pânico e Fobias
A boa notícia para quem sofre desses “males da vida moderna” é que, ao contrário de antigamente, já existe um grande leque de tratamentos para essas doenças. Os remédios - antidepressivos e ansiolíticos - são uma opção. Entretanto, para quem não quer se submeter às dosagens medicamentosas, uma excelente alternativa de cura é o tratamento através da medicina psicossomática e hipnose dinâmica.

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