quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Você tem medo de quê?







Ter medo não é sinal de fraqueza, o sentimento é normal e até necessário à nossa sobrevivência. Ele só precisa ser investigado se começa a atrapalhar as tarefas do dia a dia, interferindo na qualidade de vida.
Desde o tempo das cavernas, o medo já salvou o ser humano de muitos perigos: foi esse sentimento que levou os nossos ancestrais a botarem sebo nas canelas para fugir dos imensos tigres-dentes-de-sabre, por exemplo. E, se não fosse o medo, talvez não estivéssemos mais aqui para contar essa história… No entanto, medo em excesso pode ser sinal de fobia. O medo é uma reação emocional a um perigo real externo, enquanto a fobia é um medo irracional, geralmente acompanhado de muita ansiedade, em relação a algo que não apresenta riscos imediatos. Enquanto o medo nos faz mais prudentes, a fobia nos paralisa, nos impede de enfrentar situações que são necessárias ao nosso crescimento.
As fobias mais comuns
Existem inúmeras fobias, mas todas elas são geralmente divididas em três categorias:
• Agorafobia: inclui o medo de espaços abertos, de multidões ou de ficar preso num local ou numa situação em que a fuga seria muito difícil ou embaraçosa. Pode estar associado ao transtorno do pânico.
• Fobia social: envolve vários tipos de medos, como o de se expor em público diante de outras pessoas ou de interagir em eventos sociais.
• Fobia simples: inclui medos mais específicos, como de altura, aviões, animais, doenças etc.
Tão diversas quanto os tipos de fobia podem ser as causas delas. As fobias estão relacionadas com a maneira como cada pessoa processa suas vivências e traumas. O importante é que, uma vez diagnosticada, a fobia seja tratada adequadamente. Do contrário, ela pode prejudicar muito a vida pessoal e profissional.
O medo é uma emoção saudável no ser humano. Normalmente, nos protege contra ameaças reais à vida. Todas às vezes, que nos deparamos com circunstâncias inesperadas, que representam perigo, surgem os sintomas desse quadro. Mas o que devemos fazer quando tudo, qualquer situação cotidiana, nos causa essa insegurança e nos paralisa?
"Um dos efeitos do medo é perturbar os sentidos e fazer com que as coisas não pareçam o que são." Miguel de Cervantes – Dom Quixote, século XVII.
Quando o Medo se Torna uma Doença
O medo patológico limita de alguma forma a vida das pessoas. O problema é mais comum do que se possa imaginar e vêm sendo registrado com frequência cada vez maior em consultórios psiquiátricos e clínicas psicológicas. O medo patológico se diferencia do normal por vários motivos:
• não tem razão objetiva;
• não tem base na realidade concreta;
• o próprio paciente sabe ser absurdo o que sente;
• provoca uma aflição (ansiedade) desmedida e
• é acompanhado de sintomas físicos (falta de ar, sudorese, etc.)
O exagero é um quadro clínico de fobia ou de pânico e, normalmente, está relacionado à ansiedade patológica, angústia e, principalmente, depressão. O indivíduo com síndrome de pânico sofre tremedeiras pelo corpo; é tomado pela tontura súbita, a pressão arterial dispara e coração bate descompassado. Os sintomas são parecidos com os de um infarto e, nesse instante, a morte ou a loucura iminentes parecem certas. Depois da primeira crise, o paciente costuma submeter-se a uma batelada de exames clínicos; o médico verifica que não há nada de errado e, mesmo assim, as crises continuam. Um dos piores aspectos do pânico é o "medo de ter medo".

Tratamentos combinados
Quando tratada, a fobia tem controle. Assim, ninguém precisa ficar sofrendo anos a fio por causa desse transtorno. Há, atualmente, diversos recursos terapêuticos que, podem, inclusive, ser combinados. Um deles é o tratamento medicamentoso, que geralmente é feito com antidepressivos e ansiolíticos, sempre supervisão médica. A boa notícia para quem sofre desses “males da vida moderna” é que, ao contrário de antigamente, já existe um grande leque de tratamentos para essas doenças. Os remédios - antidepressivos e ansiolíticos - são uma opção. Entretanto, para quem não quer se submeter às dosagens medicamentosas, uma excelente alternativa de cura é o tratamento através da medicina psicossomática e hipnose dinâmica. 


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