quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Insônia: cura pela hipnose dinâmica





30% da população mundial sofre de insônia

O que é o sono
Existem alguns estágios do processo do sono que vão do bem leve ao mais profundo, e os mesmos se alternam em ciclos. Nesse ciclo são vividos todos os estágios chamados de NREM (no rapid eye moviment), intercalados com momentos de sono REM (rapid eye moviment). O ciclo completo tem a duração de aproximadamente duas horas, e é repetido ao longo do sono 3 ou 4 vezes. O sono NREM é caracterizado pela diminuição das funções fisiológicas ao mínimo, com movimentos do corpo na passagem de uma fase para outra.  O sono REM é caracterizado por uma ativação cerebral e por movimentos oculares rápidos, e o corpo permanece imóvel nesta fase.

Quantas horas devemos dormir diariamente para ter um bom descanso?
Não há uma quantidade exata de horas que devemos dormir, e isso varia de pessoa para pessoa, de acordo com a faixa etária. Os recém-nascidos chegam a dormir mais de 20 horas, enquanto o idoso, em geral, dorme pouco. Alguns indivíduos precisam dormir de 6 a 8 horas, outros se sentem mal se não tiverem 10 horas de sono.  Mas o que se sabe é que dormir bastante não significa dormir bem.  O importante não é tanto a quantidade de horas dormidas, mas sim a qualidade do sono que permite ao indivíduo se sentir bem-disposto e regenerado física e emocionalmente.

Distúrbios do sono
Muitos são os problemas que podem ocorrer durante o sono, como insônia, apneia, sonambulismo, entre outros.  Este distúrbio é um aspecto clínico ou um critério de diagnóstico relacionado a várias formas de psicopatologias, quase todas condições de depressão ou ansiedade, associadas à dificuldade de iniciar ou manter o sono. Segundo estatísticas, mais de 30% da população mundial sofrem de insônia.

Tipos mais comuns de insônia:
Insônia idiopata - inicia na infância e é uma dificuldade de manter um sono adequado durante a vida, provavelmente devida a um defeito dos mecanismos neurológicos controladores do processo sono-vigília. Apesar do sono mais difícil, esses indivíduos, por carregarem a patologia há muito tempo, têm menos problemas psicológicos e lidam melhor com a dificuldade do que, por exemplo, os portadores da Insônia psicofisiológica, que é a dificuldade em começar e/ou manter o sono. A insônia acompanha um baixo desempenho nas atividades quando no estado de vigília, aumento do nível de tensão e de ansiedade.

Temos ainda a Insônia subjetiva, que é a sensação relatada pelo paciente de ter dormido mal ou não o suficiente para descansar, apesar desta queixa não ser comprovada objetivamente; e a crônica, que  ataca milhões de pessoas em todo o mundo e, na maioria dos casos, vem acompanhada de distúrbios físicos, como movimentos involuntários das pernas e problemas respiratórios.

Pode ser ainda consequência de maus hábitos, como: trabalhar (ou estudar) até a hora de se deitar; assistir televisão até tarde; excesso de luz acesa.  A alimentação e bebidas que podem interferir no sono como café, chá preto, chimarrão, chocolate, guaraná e refrigerantes à base de cola contêm elementos que excitam o sistema nervoso. Também a nicotina do cigarro é prejudicial ao sono e, ao contrário do que se pensa, o álcool não o favorece.

Quando começar a se preocupar?
A insônia começa a ser um problema quando as dificuldades para dormir persistem por mais do que 3 vezes por semana; quando a dificuldade em iniciar o sono supera os 30 minutos após a ida para a cama; quando há queixas de mau humor, fadiga e cansaço depois de uma noite maldormida; quando as atividades profissionais, sociais, familiares, etc. começam a ser prejudicadas e, finalmente, quando esse estado perdura por mais de seis meses.

Tratamento
Sendo a insônia um distúrbio complexo e multifacetado, seu tratamento pode exigir inúmeras abordagens. “A medicina psicossomática lida com símbolos e, para entender essa queixa que o paciente nos apresenta e ajudá-lo a resolver o problema, nossa primeira pergunta é: o que a insônia significa do ponto de vista simbólico?”, explica Dr. Leonard Verea, médico psiquiatra, especializado em Medicina Psicossomática e Presidente do Instituto Verea.

Como processa
Nossa vida é caracterizada por situações ligadas a causas e efeitos. A Insônia é um efeito ligado a situações malresolvidas e/ou não resolvidas, acumuladas ao longo do dia, resultado de eventos estressantes em que o acúmulo de tensão e ansiedade é evidente, como: morte em família, problemas financeiros, mudança de emprego ou problemas matrimoniais. O estresse é a reação do nosso organismo à ação de qualquer estímulo, agradável ou desagradável, físico ou químico, infeccioso ou orgânico, nervoso ou mental, emocional ou afetivo.

A nossa mente processa as informações seguindo dois parâmetros: o do consciente (lógico e racional), que são as ações, e o do inconsciente (analógico e irracional), que são as emoções. A insônia envolve toda a estrutura analógica emocional da nossa mente e, por mais que o paciente queira e precise dormir, existe uma força incontrolável, superior à própria capacidade de absorção, que o leva a desenvolver essa tensão, essa ansiedade que o impede de adormecer naturalmente.

A insônia, de uma forma simbólica, é vista como a dificuldade de pôr para fora a ansiedade acumulada e a necessidade de mais tempo para processar as informações acumuladas durante o dia. Existem inúmeras drogas que o médico pode prescrever para ajudar o paciente a induzir o estado do sono, porém nenhuma delas pode ser tomada por longo tempo, para não criar dependência, assim como nenhuma delas ajuda o paciente a resolver as causas geradoras deste distúrbio. O tratamento com hipnose dinâmica ajuda o paciente a trabalhar tanto o efeito quanto as causas geradoras da insônia. Resolvendo a causa, o efeito deixa de existir”, explica Verea.

“Ao longo do tratamento, utilizamos a ferramenta da hipnose para conseguir entrar em contato com as estruturas inconscientes, analógicas, irracionais da mente do paciente, conseguindo ajudá-lo a encontrar novas válvulas naturais de descarga da tensão acumulada, deixando assim de somatizar essa energia negativa, melhorando a qualidade de vida, a autoestima, o repouso e o desempenho no seu cotidiano. Com essa melhora, procedemos à busca das causas geradoras das tensões malresolvidas e começamos a pesquisar a vida do paciente: seu relacionamento com a família de origem e com a família adquirida, a vida profissional e social, costumes e hábitos sexuais e outros fatores, até encontrarmos as situações malresolvidas e resolvê-las. O processo é considerado uma terapia breve, que dura alguns meses. Normalmente não são indicados medicamentos, e os resultados são plenamente satisfatórios na maioria dos casos”, finaliza.


Desesteriotipando a hipnose dinâmica
A hipnose dinâmica não tem nada de misticismo nem é arte teatral.  O hipnotizado mantém a consciência de que só é hipnotizado quem quer.  A hipnose dinâmica é uma técnica que se utiliza da comunicação não verbal (CNV), permitindo que uma pessoa, em estado alterado de consciência, possa ter acesso a recordações de situações anteriores, sem perder a consciência, porém com a concentração focalizada, que não deixa que elementos externos interfiram no processo hipnótico.  O inconsciente não está limitado pela lógica, espaço e tempo, podendo lembrar de tudo.  A mente pode comentar, criticar, censurar e a pessoa não perde o controle do que diz. Nesse estado alterado de consciência é que a pessoa resgata lembranças que possam estar influindo negativamente na sua vida presente e que, provavelmente, sejam a fonte de seus problemas.  Doenças psicossomáticas como síndrome do pânico, obesidade, impotência feminina e masculina, ansiedade, stress, tabagismo, alcoolismo, dependência de drogas, medos (de dirigir, de avião, etc.) podem ser tratadas e curadas por meio da hipnose.

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