segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Hábitos que evitam o estresse







- O estresse pode ser evitado com alguns hábitos do dia a dia? Por que o estresse está tão relacionado com a forma como lidamos com ele?
R. Sim sem dúvidas, pequenos hábitos, como respiração e mudanças no dia a dia ajuda a controlar o estresse. Vale lembrar que todo stress tem seu ponto positivo (pessoas que gostam de trabalhar sob pressão, produzem mais e se sentem motivadas ao trabalho) e o ponto negativo, quando o stress começa a afetar o relacionamento amoroso ou interpessoal, seja na empresa, na família, na escola ou nas amizades. Este é um sinal de que a pessoa ou a empresa está doente. O stress é o estado psicoorgânico produzido pela defasagem entre o potencial do indivíduo e o desafio que ele precisa enfrentar e o Distress são as alterações lesivas decorrentes de excesso de stress. Para administrá-lo, não nos limitamos a proporcionar relaxamento. Muito mais importante é aumentar a sua energia para que o seu potencial suba e possa enfrentar o desafio. O stress em si não é uma coisa ruim. Sem ele o ser humano ficaria vulnerável e não conseguiria lutar, trabalhar ou criar com a necessária agressividade. Mal é o excesso de stress ou a falta de controle sobre ele. Problemas emocionais e financeiros, desemprego, separação conjugal, perda de ente querido, novo emprego e outros são fatores que provocam o stress, quando excedem os limites de tolerância de cada indivíduo. Ficar alheio a esses sintomas é afastar-se do equilíbrio total, o que pode significar o mascaramento de desejos e afetos pessoais que, uma vez reprimidos, geram energias negativas, cujo produto será desconforto, tensão, ansiedade, insegurança , estafa do organismo. Entre as conseqüências mais freqüentes dessa tensão figuram insônia, cansaço físico e mental, dores de cabeça, distúrbios circulatórios, gastrintestinais, hepato-biliares, impotência, frigidez, redução das defesas imunológicas, diminuição da capacidade de concentração, agressividade, passividade e outras. Mas como identificar o Distress nas organizações? Ele se maniesta na queda da eficiência; absenteísmos repetidos; insegurança ou postergação nas tomadas de decisões; sobrecarga voluntária de trabalho; irritabilidade, grande nível de tensão; competição não saudável; politicagem; falta de espírito de equipe; "panelinhas"; fofocas; desconfiança de tudo e de todos; grande dependência de um líder e outros sentimentos negativos que tornam o ambiente carregado, improdutivo e o clima inseguro e insustentável. Ociosidade e greves são passivas de acontecer. O stress em si não é uma coisa ruim. Porém, mal é o excesso de stress e a falta de controle sobre ele. Por outro lado, existe o EUSTRESS, que é a forma positiva de stress, que se manifesta mediante uma forma eufórica de satisfação e felicidade que também estressa. É o caso das grandes paixões, assinatura de um grande contrato, conquista de uma promoção ou outra situação positiva, mas que também podem esgotar euforicamente os envolvidos. Esse sentimento, embora positivo é tão estressante quanto o seu oponente, o DISTRESS. Administrar o stress e distress pessoal, social e empresarial é o segredo. A solução para grandes problemas é, na maioria das vezes, bem simples. Nós é que complicamos demais quando as buscamos. Pensar e procurar solução é uma tarefa muito gratificante, quando somos capazes de desfrutar do prazer da descoberta. Caso contrário, fica o distress.

- Uma alimentação balanceada ajuda a prevenir o estresse? De que forma?
R. O estresse é um conjunto de reações fisiológicas que em excesso leva a um desequilíbrio no organismo, que pode causar aumento na produção de radicais livres, diminuição da imunidade e uma maior vulnerabilidade a doenças. Ele apresenta três fases: alarme, resistência e esgotamento. Logo após a terceira fase podem aparecer problemas gastrointestinais (azia, gastrite, obstipação), dores de cabeça, perda de memória ocasional, hipertensão, doenças cardiovasculares, dores musculares, queda de cabelo, fadiga, ansiedade, aumento ou redução do apetite, entre outras. Existem dois tipos de estresse: o agudo é mais intenso e rápido, causado por uma situação passageira (perda de um ente querido). Mas o que atualmente mais atinge as pessoas é o estresse crônico, mais constante e que progride de forma acumulativa no dia-a-dia (alimentação inadequada, sobrecarga pessoal ou profissional, fumo, baixa auto-estima, medo, trânsito e etc.). A alimentação exerce um papel fundamental no controle do estresse. Durante o processo de estresse o organismo perde vários nutrientes, vitaminas e minerais. A ingestão excessiva de cafeína, açúcar e sal podem agravar a resposta do organismo ao estresse. Em compensação, uma alimentação balanceada ajuda a prevenir e até controlar o estresse. A perda de nutrientes, vitaminas e minerais deve ser compensada com um maior consumo de cereais integrais, verduras (brócolis, chicória, acelga e alface) e frutas – ricas em vitaminas (A, C e do complexo B) e minerais (zinco, magnésio e manganês). O ideal é consumir alimentos naturais de cores diferentes. Quanto mais colorido o prato, mais antioxidantes (combatem os radicais livres) serão ingeridos. De preferência fazer de 4 a 6 refeições ao longo do dia, para atenuar a ação dos hormônios do estresse. Também é importante praticar atividade física, pois ajuda a aliviar os sintomas do estresse.

- A ingestão de nutrientes como o triptofano, magnésio, taurina, teanina, vitamina C, entre outros, pode ajudar na produção de neurotransmissores ligados ao bem-estar? De que forma?
R. Sim, sem dúvidas, Espargos contém ácido fólico, vitaminas B e C e contêm um estabilizador de humor. Os nutrientes em espargos ajudam serotonina de formulário, um neurotransmissor monoamina encontrada no trato gastrointestinal e sistema nervoso central. Serotonina regula o humor, sono, apetite, contração muscular e auxilia na retenção da memória e concentração. Espinafre fornece magnésio um redutor de estresse natural. Espinafre contém altos níveis de ferro, cálcio, ácido fólico e zinco. Peixes ricos em ômega-3 ajuda a evitar picos de estresse em tempos de crise. Ômega-3 é também importantes para o sistema circulatório. Ômega-3 reduzem a frequência cardíaca, triglicérides e pressão arterial. Estresse pode causar a pressão aumentar. A adição de ômega-3 ajuda a diminuir esse atributo que pode levar a ataques cardíacos e derrames. Frutas cítricas são ricas em vitamina C, que estimula o sistema imunológico. Estresse reduz radicalmente a capacidade de corpos para combater a infecção. A adição de vitamina C pode reduzir drasticamente a chance de infecção e doença. Frutas ricas em vitamina C incluem toranja, laranja, limão e limão.


- Por que a atividade física está tão ligada ao relaxamento e redução da ansiedade?
R. A prática regular de atividade física é hoje uma das maneiras mais eficazes e divulgadas de combater o estresse. Diversos estudos científicos comprovam os benefícios para o organismo proporcionados pela prática rotineira de exercícios. Entre eles, auxilia a reduzir os níveis de ansiedade e de depressão, melhora o estado de humor, aumenta a sensação de bem-estar e eleva a autoestima.Correr ou caminhar habitualmente, além de ajudar as pessoas a se desligarem por algum tempo das preocupações e angústias de seu cotidiano, produz uma série de benefícios psicofisiológicos por meio da liberação de certos hormônios produzidos pelo organismo. A adrenalina (epinefrina) age na redução do estresse, o cortisol atua como antiinflamatório, o glucagon aumenta a quantidade de glicose no fígado, o GH (hormônio do crescimento) transmite bem-estar e a endorfina produz a sensação de prazer e melhora a qualidade do sono. Faça exercícios. É ótimo para o corpo e também para a mente.

- Qual a relação entre o riso e os hormônios que regulam o estresse? Quais os benefícios do riso para quem tem propensão a ficar estressado?
R. Riso na verdade libera endorfinas, que são hormônios que promovem a sensação de bem-estar e ajudá-lo a se sentir bem, e isso reduz o nível de hormônios do estresse como a adrenalina, o cortisol, ou adrenalina e dopamina. Ela também ativa a sua resposta ao estresse e, em seguida, resfria-lo para baixo, aumentando a sua freqüência cardíaca e pressão arterial e criando uma sensação de relaxamento. O riso também estimula a circulação e ajuda a relaxar os músculos, o que reduz os sintomas físicos do estresse. Além disso, ele ajuda a distraí-lo de emoções aflitivas, como a raiva, tristeza e ansiedade, e permite-nos ver as coisas de uma perspectiva mais leve, fazendo com que situações parecem menos avassaladora. O riso também neutraliza a tensão entre as pessoas durante argumentos ou conflitos, permitindo um ambiente mais descontraído para se formar.Apesar de aliviar o estresse é um dos principais benefícios do riso, há também muitas outras coisas que podem ajudá-lo com, fisicamente, mentalmente e socialmente. Entre os benefícios físicos é um forte sistema imunológico, como os pensamentos negativos podem causar reações químicas que podem aumentar o estresse e diminuir a sua imunidade, enquanto os pensamentos positivos liberar neuropeptídeos, o que pode ajudar a combater não apenas o estresse, mas doenças graves mesmo. O riso também alivia a dor, fazendo com que o organismo a produzir seus próprios analgésicos naturais, e protege o coração, melhorando a função dos vasos sanguíneos e fluxo de sangue, o que previne ataques cardíacos e outros problemas cardiovasculares.

- Quais hormônios liberados durante o sexo podem ajudar a melhorar a resposta ao estresse?
R. O sexo pode ajudar a curar a depressão porque o contato íntimo produz alterações químicas cerebrais melhorando o humor devido a liberação de testosterona, estrogênio, prolactina, hormônio luteinizante e prostaglandina na corrente sanguínea. Os hormônios regulam as funções do corpo e também a capacidade de lidar com o estresse, por isso, sem os níveis hormonais adequados não é possível ter um funcionamento sexual ou cerebral eficiente, e apesar de não ser possível controlar de forma direta as alterações hormonais, buscar ter uma vida saudável no que diz respeito à sua intimidade, mas também a alimentação, atividade física, sono e controle da pressão arterial, são boas atitudes a tomar para buscar o equilíbrio hormonal.

- Pessoas com uma rotina de sono bem estabelecida têm menor propensão a ter problemas com estresse? Por quê?
R. O sono normal é reparador e vital, como a alimentação e a respiração. Tem início com um quadro de sonolência superficial, evoluindo com o passar do tempo para estágios de maior profundidade, onde há total repouso do sistema nervoso central e relaxamento muscular completo, envolvendo não somente os músculos dos braços e pernas, mas também a musculatura do coração e dos vasos sanguíneos. Aos poucos, há redução da pressão arterial e o trabalho cardíaco se torna menor. No estágio de sono profundo, nós descansamos e sonhamos. Todo o nosso organismo repousa e se recupera do stress e do trabalho diurno. O sono tem se mostrado tão importante para a saúde das pessoas que passamos a estudar a sua qualidade além da sua duração. Nos últimos 30 anos, a média de sono noturno das pessoas sofreu uma redução de 8/9 horas para 6/7 horas. Entre os americanos, a média de sono é ainda menor, uma vez que 30% deles dormem menos do que 6 horas por noite. Vários estudos recentes têm relacionado a privação do sono com a ocorrência aumentada de obesidade e de diabetes tipo 2. Por outro lado, dormir as cerca de oito horas recomendadas não significa sono reparador. Nesse contexto, a situação mais comum é a chamada apnéia do sono, uma forma de dificuldade respiratória, que cursa com obstrução parcial ou completa das vias aéreas superiores, resultando em períodos de parada respiratória, baixa oxigenação sanguínea e despertares noturnos frequentes. Ambas as condições, privação e má qualidade do sono estão relacionadas com a ocorrência de obesidade. Apesar de ainda não comprovadas, as prováveis causas dessa relação podem estar associadas ao stress crônico. Além dele, várias alterações hormonais induzidas pela privação de sono podem influenciar o ganho de peso, como é o caso da grelina e leptina, hormônios relacionados ao controle da fome e da saciedade e que tem se mostrado alterados nos distúrbios do sono.

- Controlar a respiração ajuda a melhorar a ansiedade e o estresse? De que forma?
R. A respiração controlada reduz os níveis de cortisol (hormônio do estresse) no sangue, melhora o sistema imunológico, aumenta a concentração, a sensação de bem-estar, controla a ansiedade, restabelece o sono e ajuda a combater a depressão. Todo o nosso corpo tem um ritmo. Você come a uma certa hora, sente sono e a uma certa hora... respirar também tem seu ritmo. Se ele estiver desequilibrado, é aí que ficamos doentes, depressivos. Quando fazemos essa respiração, retomamos o ritmo normal do corpo e voltamos ao equilíbrio.

- Estudos recentes têm relacionado a bagunça ao estresse, principalmente em mulheres. Como isso funciona?
R. Uma mesa de trabalho, casa ou qualquer outra coisa desorganizada pode gerar uma mente desorganizada. Sentimentos de estresse, ansiedade e esgotamento são comuns em meio a desorganização, ao ponto da pessoa não saber por onde começar uma arrumação.

- Muitas pesquisas relacionam o estresse ao uso constante do celular. Por que isso acontece?
R. Chamamos isso de doença da vida moderna, hoje as pessoas ficam conectada quase que 24 horas. O uso exagerado do aparelho, além de comprometer a atenção dos das pessoas, reduz o desempenho e pode causar baixo astral. O celular não foi feito para ser usado durante todo o dia, como vemos diversas pessoas fazerem. Além de tirar a concentração, ele pode fazer com que a pessoa se torne dependente do seu uso, gerando até  tristeza e depressão.

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