quarta-feira, 6 de maio de 2015

Síndrome do pânico: saiba como identificar e tratar a doença





Quem nunca se sentiu ansioso antes de uma entrevista de emprego ou de uma prova importante, por exemplo? O sentimento é comum e se justifica diante de algumas circunstâncias. Porém, quando ele se torna exagerado e a ansiedade ataca mesmo sem motivo, é preciso ficar alerta. Isso porque o transtorno de ansiedade, como é conhecido esse quadro, pode levar a um problema muito maior: a síndrome do pânico.
A síndrome é caracterizada pela sucessão repentina de crises de pânico, que duram cerca de 10 minutos e apresentam pelo menos quatro dos seguintes sintomas: palpitação, taquicardia, suor em excesso, tremor, náuseas, tontura, falta de ar, medo de perder o controle e de morrer.

E, embora o problema seja mais comum em pessoas por volta dos 25 anos, indivíduos de qualquer idade podem apresentar a síndrome, que não tem uma causa específica. A hipótese é que a síndrome do pânico esteja relacionada a fatores genéticos ou a disfunções neurológicas. A doença também pode estar associada a algum trauma que a pessoa tenha sofrido. Ela pode se manifestar depois de um assalto, roubo ou sequestro, por exemplo.

O grande agravante é que, depois das primeiras crises, é comum que a pessoa comece a ficar com medo de ir a determinados lugares, que evite programas que fazia antes, temendo um novo ataque. Na prática, isso significa dizer que alguém que teve uma crise enquanto andava a pé, sozinho, pela rua, não andará mais e que se a crise foi dentro do transporte público, ela provavelmente não o utilizará mais. Com isso, quem tem a síndrome pode deixar de levar uma vida normal e até passar a se isolar cada vez mais, o que só piora o quadro.

Daí a importância de se buscar acompanhamento médico tão logo apareçam os primeiros sintomas. O tratamento para a síndrome do pânico inclui cuidar da doença em si e dos problemas que podem estar associados a ela, como a depressão. Para isso, normalmente são prescritos medicamentos antidepressivos e ansiolíticos, e o paciente também é encaminhado à psicoterapia.

Mas a boa notícia é que a doença é completamente tratável e reversível.

Proteja quem você ama 
                 
Muita gente, por não conhecer os sintomas da doença, demora a buscar tratamento ou até resiste em apoiar alguém próximo que está sofrendo com o problema. No entanto, vale ressaltar que, embora os sintomas da síndrome do pânico sejam psicológicos, a doença é real e causa muito sofrimento. Por isso, se você conhece alguém que está passando por esse tipo de crise, o melhor é ser compreensivo, dar carinho e incentivá-lo, sem fazer pressão, a buscar um médico. Se possível, acompanhe-o durante as consultas. O apoio de pessoas queridas é fundamental para que o paciente aceite a doença e tenha motivação para procurar ajuda e se tratar.

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