segunda-feira, 16 de março de 2015

HIPNOSE, A CURA SEM REMÉDIOS




Apenas com a sugestão e o desbloqueio mental, o método combate desde fobias, depressão até alcoolismo e obesidade

Quando se fala em hipnotismo, a maioria das pessoas logo pensa em magia ou poderes paranormais. No entanto, essa técnica é hoje usada na medicina, com excelentes resultados, para o tratamento de diversos males, desde gastrite, úlcera e alergias até ansiedade, gagueira, depressão e alcoolismo.

A hipnose é uma arte muito antiga, que permite a alguém entrar em contato com o inconsciente de outra pessoa, desbloqueando os mecanismos de defesa. Por isso, sua ação mais eficaz é na cura de doenças de origem psicossomática – explica o médico e cirurgião Leonard Verea, formado em Milão, na Itália, que aplica o método de hipnose dinâmica em São Paulo. Com base nos cerca de 1900 pacientes que já atendeu com essa técnica, o especialista garante que ela permite chegar à cura total em 80% dos casos, sem recorrer a nenhum remédio. Mas, para difundir o seu uso, diz que é preciso combater a ideia errada, ainda comum, de que hipnose se liga à religião ou à magia.

“Não faço mágica ou milagres, apenas uma técnica médica. O importante é que a pessoa queira curar-se por meio da hipnose, pois ninguém pode ser hipnotizado se não quiser e menos dizer ou fazer a sua própria vontade”, diz Verea.

O Método de hipnose dinâmica, desenvolvido desde 1975 na Itália para fins terapêuticos, é uma ferramenta, um ato médico e trás muitos avanços em relação à hipnose tradicional. Em vez de usar o relaxamento e a comunicação verbal para levar o paciente ao transe, aplica a comunicação não-verbal, como postura, gestos, ruídos e toques que descarregam e provocam tensão. “Quanto mais tensa a pessoa fica, mais fácil é hipnotizá-la. Os extremos – relaxamento e tensão – se aproximam. Além disso, pela hipnose dinâmica faço o indivíduo chegar à fase de indução em 3 a 4 minutos, enquanto o método tradicional leva de 20 a 30 minutos” afirma o médico.

A duração das sessões varia para cada caso. Primeiro o paciente passa algumas informações ao médico em estado consciente e depois, se comunica com ele sob indução hipnótica. “Durante a sessão, a pessoa fica hipnotizada o tempo que for necessário. E a qualquer momento posso interromper o processo, pois todos temos um nível de tolerância em nossa mente”, frisa Verea.

O tempo de tratamento também varia. Mas, segundo o especialista, dura o máximo alguns meses para chegar aos resultados que, a psicoterapia convencional costuma levar anos.

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